Luanda - O governador do Banco Nacional de Angola (BNA), José Pedro de Morais, garantiu, em Luanda, que a instituição financeira central do país não efectuou nenhuma redução de venda de divisas aos bancos comerciais.

Fonte: Angop
Fundamentos macroeconómicos do país mantêm-se sólidos - diz Governador do BNAO governador do BNA fez este esclarecimento durante uma conferência de imprensa no final da 1ª reunião Ordinária do Conselho de Ministros realizada sexta-feira última, sob orientação do Presidente da República, José Eduardo dos Santos, onde esteve em discussão a revisão do Orçamento Geral do Estado referente ao ano 2015, em consequência da baixa do preço do petróleo bruto a nível internacional.

De acordo com José Pedro de Morais, as vendas de divisas efectuadas em 2014 pelo BNA aumentaram 34 porcento em relação ao ano de 2013, ou seja, uma média de um bilião e meio de vendas mensais.

"Se repararem, foi exactamente este valor (1 bilião e meio de dólares americanos) que nós vendemos durante o mês de Janeiro do corrente ao mercado bancário. Significa isso dizer que não há nenhuma redução de oferta de divisas no nosso mercado", clarificou José Pedro de Morais.

Nesta senda, o governador responsabilizou os agentes económicos por essa situação criada, salientando que os mesmos (agentes) fizeram antecipações erradas e desenvolveram expectativas negativas em relação ao país (Angola), devido à queda do preço do petróleo e resolveram eliminar o risco que tinham de crédito sobre as entidades angolanas.

"Vai daí, que introduziram todos os processos de pagamento que tinham sobre as autoridades locais. Esqueceram-se que há uma gestão macroeconómica prudente no nosso país, e, só assim explicamos que não tem havido qualquer redução de oferta de divisas no mercado", explicou.

Instado sobre a questão das reversas internacionais líquidas, o governador do BNA salientou que "essa queda do preço do petróleo provoca um ajustamento na programação por parte das autoridades angolanas".

Esclareceu que o principal ajustamento da programação tem a ver com as contas fiscais, pois há um reconhecimento mais do que realista do Executivo angolano que deve reduzir a despesa fiscal.

"Se isto está a ser feito, então é perfeitamente possível preservar àquilo que são os objectivos de toda essa programação. Quanto ao crescimento, as previsões são de que em 2015 cresçam mais em relação ao crescimento de 2014 e a previsão da inflação baixa”, concluiu José Pedro de Morais.