Lisboa -  José de Lima Massano, o ex-governador do Banco Nacional de Angola reconsiderou um convite para regressar ao Banco Angolano de Investimento (BAI) para ocupar o seu anterior cargo de Presidente da Comissão Executiva daquela instituição bancaria.

Fonte: Club-k.net/AM

De acordo com o África Monitor Inteligence, o economista Mário Alberto dos Santos Barber, actual titular terá manifestado vontade de não continuar no cargo por ter atingido idade de reforma. Está inclinado a retomar antigas actividades de consultoria.

 

O Banco Angolano de Investimentos (BAI), é uma instituição bancária nacional que a data da sua fundação em 1996, tinha a Sonangol como o principal investidor, com 18,5 por cento das acções.

 

Em 2012, uma investigação do Maka Angola, referia que ao longo dos anos, a Sonangol discretamente transferiu dez por cento das suas acções para a titularidade privada de altos dirigentes, para além dos que já mantinham participação considerável no capital do banco. Como ilustração, abaixo se apresenta apenas a lista de beneficiários que, por altura da sua entrada no capital do banco, já desempenhavam funções públicas e que continuam a ocupar cargos oficiais. De fora, da lista avançada pelo Maka Angola,  ficam os indivíduos que entraram para o banco enquanto ocupavam cargos oficiais mas que actualmente se dedicam à vida privada. Uma dessas figuras é o general João Baptista de Matos (2,5 por cento), então chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas Angolanas.

 

Maka Angola, faz notar que no total, dirigentes e antigos colegas, devidamente identificados, têm uma quota solidária de 47,75 por cento do BAI, enquanto 42,25 estão distribuídos entre empresas privadas angolanas, também ligadas a figuras do poder, gestores nacionais e estrangeiros do banco, bem como empresas estrangeiras, como a construtora portuguesa Mota. A Sonangol conserva 8,5 por cento das acções, enquanto a empresa estatal de exploração de diamantes, a Endiama, tem uma percentagem de 1,5 por cento.