Luanda - Todos sabemos que a Tradição Oral sempre imperou e ainda impera em África. É muito comum vermos ou ouvirmos ainda no Continente ­Berço velhos transmitir seus conhecimentos de forma oral, de pais para filhos, de avos para netos e mais importantes de lideres comunitários Sobas, Seculos e Anciões das aldeias a transmitirem seus conhecimentos aos mais novos. Mesmos nos bairros de vilas e cidades de Africa ainda é comum vermos a importância da Tradição Oral quer através de calorosas discussões das questões que afligem as Comunidades Locais assim como com fortes cancões nas festas, Casamentos, Óbitos onde se sente que os africanos se expressam melhor e efusivamente. Todos reparamos como na Igrejas os Africanos exprimem os seu mais fervorosos sentimentos louvores. Quantas vezes vamos a restaurantes e ao fazermos o pedido reparamos que os jovens garçons e garçonetes não apontam os pedido preferindo confiar na sua capacidade auditiva e retenção de dados.

Fonte: Club-k.net

A partir de 1960 os territórios africanos foram se tornando independentes, donos e senhores dos seus próprios destinos, criaram os seus estados, elaboraram as suas constituições assim como leis ordinárias. Os Africanos ainda são largamente analfabetos em maior ou em menor grau(embora se reconheça que existem um grande esforço de Africa de alfabetizar os seus cidadãos) agravando ao facto de que as línguas africana não tem alfabeto, dependem do Alfabeto Latino para passar as suas línguas a escrito. A vasta maioria das Constituições de Africa se encontram remetidas a escrito em Árabe, Ingles, Francês, Português, Espanhol. Também é verdade que se tem feito um grande esforço em alguns países para passar estas mesmas leis em Línguas Locais. A pergunta que não cala é:

Porque é que os países africanos não produzem Constituições­Áudio ou mesmo Constituições Áudio­Vídeo em CDs e DVDs???

Não acredito que as Constituições devem ficar em letra morta e não em Letras Vivas ou seja se devia fazer uma tradução oficial da Constituição para as línguas Nacionais, gravar em CD, DVD, de seguida disseminar o máximo possível, passar sempre artigos em Rádios Publicas assim como rádios Comunitárias. Até mesmo em Áudio­Português acredito que seria mais fácil para os jovens (principalmente citadinos) amantes da tecnologias poderiam ouvir os seus direitos em CD nas viaturas ou nos seus iPods/Telemoveis com maior frequência uma vez que a Juventude lê cada vez menos mas isso é outra estória. Devemos entender que para levar a Cidadania aos mais recônditos Bairros, Aldeias e Município é necessário que as leis principalmente a Lei Mãe/Constituição la cheguem para que o Analfabetismo não retire nunca mais aos cidadãos um direito fundamental que é o de saber quais os seus Direitos, Liberdades e Garantias. Temos de ter em consideração que as leis e em especial a Constituição deve ir de encontro dos cidadãos e não o contrario ou seja, a Cidadania deve ir ter com o cidadão no lugares mais inóspitos do continente da mesma maneira que nas cidade e na Línguas que estes cidadãos melhor percebem.

Augusto BáfuaBáfua

Licenciando em Relações Internacionais

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