Luanda - Os delegados ao IV Congresso Ordinária da FNLA decidiram , segunda-feira, em Luanda, abolir a designação do partido de "Frente Nacional de Libertação de Angola - FNLA", passando, doravante, a designar-se apenas por FNLA.

Fonte: Angop

Esta decisão, que vem expressa no comunicado final do conclave, aberto na sexta-feira última e cujo encerramento formal dos trabalhos aconteceu no início desta noite, resulta das emendas introduzidas aos Estatutos do partido.

Segundo o documento lido pelo porta-voz do conclave, Lais Eduardo, fruto das reformas feitas ao texto a composição do Comité Central que anteriormente era integrado por 321 membros, passa doravante a contar com 411.

Em função das alterações inseridas, as reuniões ordinárias do Comité Central terão periodicidade anual, enquanto o Bureau Político passará a reunir-se de quatro em quatro meses.

No comunicado, os congressistas concedem mandato à direcção do partido, no sentido de intentar acções judiciais contra todos aqueles que falam e actuam à revelia das estruturas da FNLA.

Elegeram Lucas Ngonda para o cargo de presidente da FNLA, com 524 votos (79,27%), e impuseram a obrigatoriedade da quotização a todos os militantes, por formas a potenciar a situação financeira do partido.

Anuíram a proposta de realização de um Congresso Extraordinário em 2017, para aprovar a Estratégia para as Eleições Gerais, a Estratégia Eleitoral para as Eleições Autárquicas, e o Programa de Governo da FNLA. Visará ainda eleger o cabeça de lista do partido e dos candidatos a deputados à Assembleia Nacional.

Os congressistas deploraram a grave crise económica e financeira mundial que afectou sobremaneira o Plano Nacional de Desenvolvimento de Angola, ao mesmo tempo que apelaram à sociedade para a necessidade da diversificação da economia.

Lamentaram a morte inglória do militante António Manuel, de 78 anos de idade, ocorrida na passada sexta-feira em consequência do tumulto registado na abertura do evento, cujo mandante, segundo o comunicado, deve ser responsabilizado civil e criminalmente.