Luanda - A ministra do Comércio, Rosa Pacavira, referiu-se  (segunda-feira), em Luanda, a inexistência razões para que alguns agentes económicos importadores subam os preços dos produtos alimentares no mercado nacional.

Fonte: Angop

A ministra fez esta afirmação no final do encontro que manteve como os agentes económicos para abordagem deste fenómeno, ressaltando que a mercadoria que esta a ser vendida actualmente à população foi importada nos meses de Dezembro e Janeiro, e que o processo de cotas de importação ainda não teve início.

Referiu que alguns agentes económicos justificam a subida dos preços alegando a desvalorização da moeda, bem como o facto de muitos deles estarem a fazer retenção dos produtos nos seus armazéns para poderem vender a posterior com preços altos.

Salientou que o encontro serviu para esclarecer as medidas que o Executivo está a tomar, relativamente ao período que o país vive, no sentido de se encontrar um consenso, uma vez que não há necessidade das subidas dos preços, porque isto apenas prejudica a população cujo poder de compra tem estado a baixar como consequência da subida dos custos entre 41 a 50 por cento, o que é totalmente exagerado.

Relativamente aos custos de importação, Rosa Pacavira disse que diariamente têm sido feitas a volta de 1200 licenciamento de importação e, anualmente, o país está a gastar cerca de três mil milhões de dólares em importação, o que é considerado muito uma vez Angola possui uma população estimada de 24 milhões de habitantes.

Comparando com países vizinhos, com uma população superior a de Angola, como a República Democrática do Congo, cuja população está estima em 74 milhões de habitantes, faz uma cotação anual de um bilhão de dólares em importação, o que significa que muito investidores pretendem simplesmente ganhar dinheiro e venderem os seus produtos e não querem investir no país.

Acrescentou que para tal o Governo está a trabalhar no sentido de que estes invistam fortemente no país e criem as indústrias para que, paulatinamente, possam ser reduzidas as importações.

Realçou que o processo de cotas de importação ainda não está em vigor, porque está-se a trabalhar primeiro produto por produto, em termos de produção nacional.

Neste sentido, garantiu haver benefício para os agentes económicos da área do comércio no que toca ao programa Angola Investe, bem como apoio do ministério do Comércio na concepção de crédito de cinco milhões de kwanzas, cujas taxas de juros são de três por cento, para um período de dois anos, desde que apresentem projectos bem concebidos.

Por outro, apelou aos importadores a, primeiro, fazerem o licenciamento e a posterior a importação da mercadoria, para evitar constrangimento na hora do desalfandegamento.