Lisboa - As autoridades angolanas e uma equipa de negociadores da UNITA estarão prestes de alcançar entendimento quanto ao final a dar aos restos mortais do líder fundador do maior partido da oposição morto pelas forcas governamentais a 22 de Fevereiro de 2002, algures na província do Moxico.
Fonte: Club-k.net
De acordo com os últimos desenvolvimentos, dos contactos, as autoridades angolanas comprometeram-se em entregar, no ano de 2016, os restos mortais de Jonas Savimbi, do seu sobrinho Ílias Salupeto Pena, e do antigo Vice-Presidente da UNITA, Geremias Chitunda, assassinado nos confrontos pos-eleitoral, em 1992.
A UNITA, encara com reticencias a proposta governamental de entregar os corpos apenas em 2016, suspeitando que os seus adversários políticos queiram entregar um ano antes das próximas eleições no país, no sentido de haver aproveitamento eleitoral com vista ao regime propagar o seu gesto de “boa vontade” e colaboração no encerramento deste dossier.
As autoridades comprometeram-se também em cobrir com 50% das despesas do funeral enquanto que a UNITA cobre o restante. O funeral “condigno” de Jonas Savimbi está destinado a ser um evento tradicional de dimensão inédita (ou comparada ao de Agostinho Neto) que suscitara curiosidades ou de outras atenções especiais que poderão se deslocar na comuna de Lopitanga, no município do Andulo, que é a localidade que em vida, Jonas Savimbi sempre desejou, que fosse ai sepultado junto ao túmulo dos seus pais.
Jonas Savimbi, foi inicialmente enterrado no cemitério municipal do Luena, a 24 de Fevereiro, numa cerimonia distanciada dos procedimentos tradicionais pretendido pela família. Face a carga de chuva que teve lugar no dia depois ao seu enterro, na capital do Moxico, os seus restos mortais foram secretamente desenterrados e transportados para Luanda.
Tendo em conta ao estado de putrefação do cadáver resultado das balas incendiadas a que foi alvejado, os restos mortais de Savimbi foram submetido a tratamento especial de conservação encontrando-se, agora, numa área de acesso restrito, no mausoléu Dr. António Agostinho Neto, em Luanda, ao lado do cadáver de Salupeto Pena e de Geremias Chitunda.