Luanda - O governador da província de Luanda, Graciano Francisco Domingos, alertou nesta segunda-feira, na capital angolana, para um esforço institucional e de forma contínua contra a tendência da banalização e desacreditação do ensino superior em Angola.

Fonte: Angop
Graciano Domingos.jpg - 37.72 KB“Entendemos, pois, que em qualquer parte do mundo, em qualquer universidade, existam bons e maus alunos. Mas há que pensar seriamente no nosso contexto”, acrescentou o responsável durante o discurso que proferiu na cerimónia de abertura do ano académico 2015.

Graciano Francisco Domingos defendeu na ocasião maior entrosamento entre o Governo da Província de Luanda e as instituições de ensino superior, parceria que, segundo o governador da capital vai contribuir para a resolução de problemas que afectam a cidade. “Queremos nos aproximar às universidades para obter contributos para a resolução de problemas que afectam o meio luandense”, disse.

Numa outra vertente, Graciano Francisco Domingos referiu que a sociedade tem de fazer um esforço quanto às opções de formação superior dos jovens. Segundo o mesmo, “é necessário ter presente as tendências de desenvolvimento e crescimento económico do país”.

O governador da Província de Luanda referiu que os cursos universitários devem estar alinhados com as capacidades de empregabilidade. "Caso contrário, vamos promover frustrações aos jovens, tão logo concluam a formação”.

O responsável sublinhou o facto de a província de Luanda ser o centro do ensino superior do país, elemento que, segundo o governador, é orgulho para os habitantes desta cidade.

A cerimónia de abertura do ano académico 2015 decorreu na Assembleia Nacional e contou com a presença do Vice-presidente da República, Manuel Domingos Vicente, de membros da sociedade civil, assim como de reitores das distintas universidades angolanas. 

País terá mais de 260 mil estudantes universitários este ano

Cerca de 269 mil e 42 estudantes frequentarão o ensino superior este ano, anunciou nesta segunda-feira, em Luanda, o Vice-presidente da República, Manuel Domingos Vicente, quando discursava na cerimónia de abertura do ano académico 2015, que vai decorrer sob o lema: “Pela diversificação da economia: um ensino superior de qualidade, com valores e patriotismo”.

Disse que as 62 instituições de ensino superior públicas e privadas das oito regiões académicas ofereceram, para este ano 111 mil e 290 vagas, que permite projectar um total de 269 mil e 42 estudantes. Informou ainda que está garantida a oferta de oito mil bolsas de estudos internas e mil e 200 para o exterior.

Manuel Vicente apela para que os beneficiários sejam sempre seleccionados dentre os que têm melhor desempenho académico, abarcando rigorosamente cada município e província do país.

De igual modo, anunciou para este ano a entrada em funcionamento dos cursos de medicina nas províncias do Uíge e do Cuando Cubango, engenharia florestal em Cabinda e engenharia agrária também no Cuando Cubango. Lembrou ainda que no ano passado foram abertos cursos até então considerados inexistentes ou deficitários, nomeadamente, os de comunicação social, educação física e desportos, artes e hotelarias e turismo.