Luanda - Vocacionada na Construção Civil e Industria, sociedade comercial de direito angolano, a Afritrack, sedeada município de Viana, em Luanda, desmentiu informações veiculadas pela imprensa queniana, segundo as quais, a empresa em causa, estaria supostamente envolvida em “tráfico de seres humanos, maus-tratos e cárcere privado” à trabalhadores de nacionalidade queniana.

Fonte: A República

A Presidente do Conselho de Administração (PCA), Sabena Wold Yohannes, explicou que “não passa de uma cabala com fins inconfessos, cujo objectivo é manchar o bom nome da instituição”. Há dezoito anos a operar em Angola, no ramo da construção civil, a Afritrack-Angola dedica-se na construção de vários empreendimentos de âmbito social, desde construção habitacional, estradas e outros projectos nas províncias de Luanda, Bengo e Zaire.

 Em Luanda, por exemplo, destaca-se a construção das residências sociais no Zango três e quatro, e outros condomínios. Foi também responsável pela construção em Luanda, da estrada do Morro Bento, que liga o Gamek ao Futungo de Belas e acolhe mais de 400 trabalhadores efectivos entre nacionais e expatriados, destes, três de nacionalidade queniana, terão apresentado condutas indecorosas, e por terem sido deportados ao país de origem, prestaram falsas informações à imprensa local sobre o funcionamento empresa Afritrack.

As denúncias de alegados maus tratos e tráfico de seres humanos, foram feitas em Nairobi, a capital do Kénia e publicadas no jornal diário daquele país, “Saturday Nations” de 11 de Janeiro do ano em curso, em que avançou que, onze trabalhadores quenianos, entre os quais um engenheiro e um arquitecto, contratados para trabalhar em Angola por uma companhia com sede em Nairobi administrada por uma empresária etíope, estariam sob maus-tratos.

As acusações dos expatriados (quenianos), mereceram a reacção da Embaixada de Angola no Quénia. Em comunicado, a representação diplomática angolana referiu que, com o crescimento económico registado em Angola devido ao planeamento e a aplicação de políticas do Executivo, surgiram no mercado trabalhadores estrangeiros, muitos dos quais descuram as questões da prudência. A Embaixada deplora que o artigo tenha incidido sobre alegações de “maus-tratos” e esqueça as relações de vantagens mútuas “obviamente visíveis” entre Angola e o Quénia.

Reagindo em conferência de imprensa as acusações, a Presidente do Conselho de Administração (PCA), da Afritrack Angola, Sabena Wold Yohannes, lamentou o facto, admitindo que não correspondem com a verdade as informações prestadas pelos trabalhadores expatriados e publicadas pelo jornal queniano “Saturday Nations”, frisando que “trata-se uma cabala montada por pessoas que pretendem atingir fins inconfessos”.

A responsável da Afritrack-Angola, revelou que as informações falsas e caluniosas que mancharam o seu bom nome e da empresa que dirige, operando em Angola há dezoito anos, contribuindo na reconstrução e desenvolvimento do país, que renasce dos “escombros” do conflito armado, foram prestadas por três trabalhadores, todos de nacionalidade queniana que se encontravam ao serviço da empresa em causa, prestando serviços, de acordo com as sua capacidades técnicas, e, em contra partida, auferiam o que lhes era devido.

À imprensa, a Presidente do Conselho de Administração (PCA) da Afritrack-Angola, explicou tratam-se dos trabalhadores Onesmus Kyanui, Jacob Okoth e Fredrick Koigel, três dos mais de cinquenta trabalhadores expatriados de diversas nacionalidade que a instituição controla e que se juntam à mais de 400 efectivos, que por motivos de indisciplina e mau comportamento destes, associado à fraca capacidade produtiva na empresa, motivou a direcção da empresa a romper o vinculo laboral e a deportação dos mesmos ao país de origem.

“Mesmo depois de terem sido chamados atenção inúmeras vezes para que mudassem do mau comportamento, mas infelizmente continuaram a ser falatórios contra os trabalhadores nacionais e o país, pelo que tivemos que terminar em ambiente pouco comum, isto é, na Polícia Nacional até que foram deportados, e lá no Quénia tiveram que usar a falsidade sobre o bom trabalho que a nossa empresa tem prestado à Angola”, esclareceu Sabena Yohannes.

Por sentir-se ofendida e manchada a sua reputação, a PCA da Afritrack Angola, disse que a empresa intentou uma acção judicial na DNIC, contra os implicados, que dias depois, segundo Sabena Yohannes, os mesmos indivíduos que já tinham sido deportados pelos Serviços de Migração Estrangeiro (SME), voltaram à Angola com novos vistos de trabalho em novas áreas.

Sabena Yohannes fez saber durante a conferência de imprensa que, por receber falsas informações dos três trabalhadores implicados, supostos agentes da Direcção Nacional de Investigação Criminal (DNIC), foram às instalações da empresa sob alegação de cárcere privado aos três expatriados, para a surpresa dos responsáveis da Afritrack Angola. Os agentes da DNIC, que de acordo com a fonte que temos vindo a citar estavam fardos e armados “partiram para agressão aos encontrados incluindo a PCA”, que sublinhou mesmo que “um dos agentes da DINIC apontou a pistola na testa, para além de outras sevícias sofridas”, contou Sabena Yohannes, lamentando para o excesso de zelo dos homens da Direcção Nacional de Investigação Criminal, que segundo ainda Sabena, “a situação só se acalmou com a intervenção de Simão Milagre, dos Serviços de Migração e Estrangeiro (SME).

Não se apurando a veracidades dos factos, os três trabalhadores implicados supostamente em calúnias e difamação à empresa Afritrack e à sua responsável Sabena Yohannes, a Polícia de Investigação Criminal, foi ao encalço dos mesmos acusando-os de prestar falsas informações as autoridades, foram apanhados já no Aeroporto Internacional 4 de Fevereiro, em fuga “com um salvo-conduto falso”, contou a fonte, para quem “nesta altura os três encontram-se detidos na cadeia de Viana.

A Presidente do Conselho da Administração da Afritrack, sublinhou que a sua empresa “goza de um bom ambiente laboral”, alegando mesmo “não existir qualquer mão clima” na empresa que dirige, pelo que classifica de “inveja as informações falsas reportadas na imprensa queniana pelos três trabalhadores referenciados”.

GV