Luanda - A questão do fundamentalismo islâmico é um assunto do fórum Teológico (Religioso). Uma compreensão exaustiva e até incisiva nos remeteria a um estudo exegético, hermenêutico e até historiográfico do livro sacratíssimo «o Alcorão». Sabemos ser um estudo pétreo e laborioso, mas como diz o adágio "não há ónus sem bónus". O que pretendemos nesta maratona científica é analisar o terrorismo, o fundamentalismo islâmico e ver se existe respaldo dogmático no vernáculo livro do Alcorão, bem como fazermos um abalroamento panorâmico das possíveis causas, consequências e alvitrar soluções ao fundamentalismo islâmico enquanto processo que indubitavelmente tem extirpado vidas militares e civis em toda parte do mundo.

Fonte: Club-k.net

Uma putrefacção incisiva do Islão

Começaremos por definir substancialmente neste artigo alguns conceitos básicos como o terrorismo e o fundamentalismo islâmico, para termos uma vista panorâmica sobre o tema a que nos propomos a abordar.

Antes de mais, queremos chamar atenção sobre o termo terrorismo, pois, não existe uma definição acabada e consensual. O mesmo apresenta ambivalência e, poder-se-á encontrar dicotomias nas definições apresentadas por vários pensadores ao longo dos tempos. Assim, o terrorismo vai corresponder a actos de violência que normalmente se evidencia através de sequestros, guerra e bombardeios, perpetrados por um grupo de indivíduos com objectivo de inibir a resistência de um governo ou um povo. Esta onda de violência, as vezes pode ser praticada por um governo ilegal que oprime e reprime constantemente o seu povo, daí ser visto como acto de terrorismo (O chamado Terrorismo de Estado).

A violência supracitada deve ser compreendida no seu contexto, pois o que pode ser terrorismo para alguns para outros pode ser um acto de heroísmo. A título de exemplo podemos olhar para os movimentos de libertação nacional em África considerados terroristas pelos colonizadores, mas vistos como movimentos que tentavam descambar um governo ilegítimo e hediondo pelo seu povo; a Organização de Libertação da Palestina (OLP) na Ásia, conotados por Israel; o próprio Bin Laden, antes de ser considerado terrorista pelos EUA e grande parte do mundo, já foi o combatente da liberdade (freedom fighter) Contra o exército soviético, no Afeganistão. Portanto, quando a ordem institucional existente é ilegal ou ilegítima, se houver uma luta interna não se pode dizer que estamos diante de um ato de terrorismo.

É preciso sagacidade e escrúpulo ao diferenciar entre o acto de terrorismo e o direito à autodeterminação e ao combate à ocupação estrangeira. E uma diferença que podemos inferir em relação aos dois grupos, é que os combatentes da liberdade «freedom fighter» a sua luta tem fins políticos e com uma certa determinação, seja com o escopo separatista ou de adquirir maiores direitos dentro de um determinado Estado, sem atingir a população civil. Já os terroristas buscam seus objectivos políticos, religiosos ou ideológicos por meio de ataques contra a população civil de forma a coagir um Estado ou mesmo toda comunidade internacional.

Face a essa nota de esclarecimento, Sousa na sua obra "Dicionário de Relações Internacionais" nos apresenta duas definições que achamos serem peremptórias:

O primeiro diz que o «Terrorismo é o uso sistemático de uma violência política por pequenos grupos de conspiradores, cujo objectivo é influenciar as posições políticas muito mais do que destruir materialmente o inimigo. A intenção da violência terrorista é psicológica e simbólica» (Wilkinson citado por Fernandes 2005:191). A Segunda definição defende que «o acto de terrorismo é todo e qualquer acto cometido por indivíduos ou grupos que recorram à violência ou ameacem utilizá-la contra um país, as suas instituições, a sua população em geral ou indivíduos concretos, e que, alegando aspirações separatistas, por concepções ideológicas extremistas ou pelo fanatismo religioso, ou ainda pela avidez do dinheiro, visam submeter os poderes públicos, determinados indivíduos ou grupos da sociedade ou, de forma geral, a população a um clima de terror» (Parlamento Europeu, 2001 citado por Sousa: Idem).

Entendemos que o terrorismo é o uso deliberado e premeditado da violência praticada por grupos marginais com o desiderato de exercer extorsão, terror, insegurança, coacção e publicidade (Os médias podem ajudar a divulgar as acções facínoras dos terroristas) para uma causa política (apesar de muitos afirmarem também existir causas religiosas). Os terroristas procuram fazer recurso ao efeito psicológico como Modus Operandi, espalhando o pânico e os seus alvos mormente são forças militares, políticos ou entidades religiosas, as vezes atingem os civis simplesmente para servirem de estafetas.

Em relação aos objectivos, Outhwait e Bottomore identificam dois tipos de terrorismo:

1- Objectivos precisos: neste caso a violência é pragmática, tem um alvo definido (pode ser militares ou políticos). Exemplo: os ataques Iraquianos contra as tropas Norte- americanas;

2- A lógica de Acção: Os fins justificam os meios e no caso de ataques não se faz a selecção clara dos alvos. Por exemplo: O ataque desferido pelo Hamas e a Jihad Islâmica contra civis israelênses, incluindo crianças; os atentados perpetrados pela Alqaida contra as embaixadas dos Estados Unidos em Nairobi e Dar Es Salaan em 1998 atingiram civis e militares; os atentados atribuídos a Al-qaeda a 11 de Setembro de 2001 (Outhwait e Bottomore 1996 citado por Mazzeto s/d).

O fenómeno do terrorismo é antanho (não pretendemos contar esta história), mas começou a ser badalado com intensidade a partir dos atentados de 11 de Setembro de 2001 nos EUA contra as Torres Gémeas de Nova York, o Pentágono e Washington D.C. e esteve ligado ao grupo extremista islâmico Al-qaeda.

Hodiernamente o terrorismo é sempre grudado ao fundamentalismo islâmico. A priori o conceito fundamentalismo representa uma realidade puramente religiosa, dai falar-se frequentemente em fundamentalismo islâmico, fundamentalismo judaico ou fundamentalismo hindu. O seu demiurgo não foi o islão, surgiu do mundo cristão. O conceito foi usado para designar certas igrejas e organizações protestantes, em particular aquelas que defendiam a origem divina literal e a inerrrância da bíblia e estes opunham-se aos teólogos liberais e modernistas que tinham uma perspectiva crítica e histórica das sagradas escrituras. Outro termo com conotações cristã é o chamado “intriguismo católico”, era um movimento que se opunha ao modernismo tendo como séquitos estudiosos e membros do clero durante o reinado do papa Pio X. Esta corrente foi sustentada pela tradição católica em defesa da revelação divina, da custódia do património da fé e da interpretação autorizada das escrituras. A corrente foi caracterizada pelo elevado grau de intolerância e radicalismo, onde havia excomunhão de membros da igreja que se mostrassem contra.

O conceito de fundamentalismo hoje assume adjectivos puramente pejorativos, e face a nova ordem mundial sofreu uma transladação do mundo cristão para o mundo islâmico, tomando diferentes nomes desde o «islão político», «islamismo» ou mesmo «fundamentalismo islâmico».

Mas afinal o que é o fundamentalismo islâmico?

O termo fundamentalismo islâmico é usado para identificar grupos islâmicos radicais ou regimes de alguns países muçulmanos, que fundam acções no regresso aos preceitos religiosos vernáculos do islão. Para estes ortodoxos, deve-se aplicar a Charia (lei canónica representando a vontade de Alá e a que todos os fiéis se submetem) não apenas nas comunidades religiosas, mas a extensão deve ir até ao campo político. Defendem ainda que o Islão é um sistema não apenas espiritual e religioso, mas também político-ideológico.

O fundamentalismo islâmico se apresenta ora como um movimento de ressurgimento legalista ou revivalismo espiritual, ora como um mecanismo de defesa as suas identidades ou legitimidades do islão face a invasão externa e crises culturais derivadas do processo de modernização (globalização) que a grosso Modus se caracteriza na ocidentalização do mundo e que as vezes não respeita as diferenças culturais, erradicando a identidade de todo um povo e impõe modos de vidas alheios a uma nação. No fundo o fundamentalismo Islâmico está mais para a política que a religião, apesar de se aproveitar deste ultimo, pois lhe imprime o carácter ideológico necessário na conquista de prosélitos.

Pinto diz que os movimentos fundamentalistas contemporâneos têm as seguintes bases ideológicas: O islão é encarado como um sistema completo sem a separação entre a fé (din) e o Estado (dawala). O alcorão e a Sunna fornecem as bases da lei muçulmana (Sharia) cabendo ao Estado aplicá-la. Defendem a existência de um Estado totalmente teocrático e, merece fidelidade e obediência ao líder que governa de acordo com o Islão; O renascimento espiritual passa pelo regresso ao puritanismo de salaf (são companheiros de Maomé); O objectivo último de cada muçulmano deve ser lutar pela implantação na terra de uma ordem Islâmica através da propagação do islão, usando a força. Tal esforço se faz possível com a Jihad (Não significa guerra, mas esforço no caminho de Deus. O conceito sofreu adulteração) e prevê a possibilidade de martírio, os crentes devem estar preparados para sacrificar a sua própria vida; O islão pugna pela instalação universal da soberania de Deus, na qual por intermédio da Jihad se combatem todos obstáculos, como os Estados, sistemas sociais e as tradições que não se conformam com o islão; A Umma (comunidade de crentes) deve andar de acordo com o profeta e o salaf. A família é a pedra angular, onde os homens estão numa escala de comando e responsabilidade, enquanto as mulheres são protótipos de amor e gentileza. Elas devem vestir-se decentemente (com burcas) e rejeitar os valores ocidentais (Pinto, 2008: 22 e 23). 

As premissas expressas acima nem todas encontram respaldo no alcorão, mas reflectem uma interpretação por conveniência de líderes fundamentalistas para justificar as acções macabras que pretendem vincar, como por exemplo fundar um Estado realmente teocrático, impor a Sharia como norma de conduta, afim de se desvincular das influências ocidentais etc.

Na tentativa de poder impor os princípios citados por Pinto, se faz um real conjúgio com o terrorismo. Olhando de longe, não conseguimos entender claramente quais são as razões ou causas que levam estes grupos extremistas a dizimar vidas alheias, incluindo crianças inocentes.

Entretanto, Quem foram os mentores da criação de muitos grupos fundamentalistas islâmicos? Que causas objectivas se podem esquadrinhar em relação a emergência destes grupos terroristas? São questões que nós não possuímos respostas acabadas e sobejamente científicas, mas alvitramos os seguintes argumentos para elucidar:

a) O Fundamentalismo Islâmico é produto da guerra-fria, em particular dos norte- americanos:

A guerra-fria teve como estopim o ano de 1947 dois anos depois da IIa guerra mundial e vai até ao ano de 1989 com a queda do muro de Berlim. Esta guerra é caracterizada pela dicotomia EUA (Capitalismo) / (URSS (Comunismo) e as constantes quezílias em relação a divulgação das ideologias e a ocupação de territórios estratégicos.

A ânsia de se instalar em regiões do Médio-Oriente levara as duas superpotências a ocuparem novas terras. É assim, que a presença soviética no Afeganistão levaria os norte-americanos a aprovar um documento que financiava a resistência afegã. Este apoio visava reforçar a resistência afegã a fim de defender os interesses estratégicos norte-americano e combater a presença Soviética. A CIA com o apoio dos serviços secretos do Paquistão (O DIAI), conseguiram transferir apoio suficiente aos grupos mais radicais do Afeganistão, chegando a fundar a famosa «Universidade da Jihad» onde os soldados mujahideen receberam treinamento e muitos entraram em contacto com a interpretação radical do Islão. Foi desta Universidade onde muitos se tornaram fundamentalistas, pois viriam juntar-se as fileiras da Al-qaeda (produto dos EUA). Washington arrepender-se-ia deste financiamento, pois o Afeganistão se transformaria no principal viveiro do fundamentalismo islâmico;

b) O fundamentalismo islâmico surge como oposição ao ocidente:

Desde a II guerra mundial observara-se uma forte presença dos norte-americanos no Médio-Oriente, quer por razões económicas (o petróleo) quer por razões político- estratégicas (formação de governos fantoches). E também, sempre se apresentaram como os autênticos evangelistas da democracia (só de fachada), enquanto vão criando condições para explorar o petróleo do Médio-Oriente e montar governos que servem os seus interesses. É assim que a revolução Iraniana de 1979 que estava à cabeça de Ayatollah Khomeiniem, iman de Qom (cidade sagrada do Irão) ao lutar contra o Xá Reza Pahlevi, demonstrava elucidativamente a oposição contra o ocidente, pois seu objectivo era defender a cultura, a tradição islâmica, bem como a restauração das leis corânicas e a libertação do povo muçulmano do domínio político, económico e cultural do Ocidente.

No entanto, alguns muçulmanos hoje rejeitam assertivamente os valores, o secularismo, a democracia, o primado da lei civil, a igualdade entre homem e mulher e entre muçulmano e não muçulmano. E ainda condenam as políticas ocidentais para com o mundo árabe e islâmico. Atenção, Pinto diz que os fundamentalistas condenam a ocidentalização da sociedade mas não a sua modernização, por exemplo aceitam a ciência e tecnologia, se subordinados às crenças islâmicas, a fim de evitar a secularização da sociedade islâmica (Idem: 37);

c) O fundamentalismo islâmico surge como sentimento de revanchismo ao ocidente face as derrotas do mundo árabe:

As derrotas dos Árabes na guerra israelo-palestiniana até hoje continuam deixando marcas indeléveis nas mentes dos muçulmanos que se sentem incapazes face ao poderio militar dos israelitas que têm apoio dos ocidentais. Estes não conseguem consolidar a resolução da ONU que prevê a criação de dois Estados (Israel e palestina). Mas depois da derrota infligida aos árabes no ano de 1967, o moral ficou baixo e até hoje corre sentimentos de vingança em relação aos israelitas. Portanto, radicalistas como Osama Bin Laden vão mesmo afirmaram que as suas acções reflectem a reacção em relação aos actos dos ocidentais nos ataques ao Afeganistão, Iraque, Palestina e o Líbano. Justificam as suas acções como atitude de resistência face ao ocidente ou a religião da cruz.

O fundamentalismo islâmico hodiernamente é um facto. Mas será que existe um substrato no alcorão que o justifique? Seria capaz uma religião que significa Paz e submissão a Allá desdobrar este tipo de acções? 

No mundo actual em função dos atentados perpetrados pelos fundamentalistas islâmicos é comum taxarmos todos os muçulmanos numa linguagem de exprobração como terroristas ou homens sem amor. Mas não é verdade, pois «alguns» não quer dizer «todos». Os muçulmanos em geral são pacíficos e o Alcorão em nenhum momento legitima matanças indiscriminadas a crianças inocentes e não só, nem tão pouco incentiva seus crentes a metamorfosearem-se à suicida tirando a vida dos outros. O islão é uma religião de amor tal como outras religiões, o que existe são apenas alguns fanáticos, legalistas e indivíduos que procuram manipular ou "fazer falar" alguns capítulos (Surata) ou mesmo versículos (Ayat) do alcorão para atingir objectivos particulares (políticos). Todas as religiões exaltam compaixão e a fraternidade universal, a sinceridade e a honestidade, humildade e mansidão valores irrevogáveis e todos lutam para que não sejam extintas.

A vida que tem sido retirada de muitos seres humanos também é salvaguardada no alcorão, enquanto algo sagrado e precioso, sendo encarada como uma dádiva de Deus (Allá) e quando se mata um homem está a matar-se toda a humanidade e se a salvar estará a preservar-se a vida de toda humanidade.

Uma coisa são preceitos dos homens movidos pelo fanatismo ou obscurantismo e outra é a verdade ditada pelo alcorão. No entanto, o livro sagrado diz que “Se obedeceres á maioria dos seres da terra, eles desviar-te-ão da senda de Deus, porque não professam mais do que a conjectura e não fazem mais do que inventar mentiras” (Alcorão 6:116). Também há um princípio de tolerância e respeito pelo diferente que caracteriza esta religião. É imperioso realçar que o crente muçulmano não precisa matar o outro porque profanou o livro sagrado ou o nome de Maomé. Os recentes atentados contra o jornal satírico Charlie Hebdo na França que vitimou doze pessoas e cinco pessoas ficaram gravemente feridas, demonstrou claramente o nível de fanatismo carregado pelos irmãos Said e Chérif kouachi. Todavia, o alcorão adverte: “Quando te deparares com aqueles que difamam os Nossos versículos, aparta-te deles, até que mudem de Conversa. Pode ocorrer que Satã te fizesse esquecer Disso; porém, após a lembrança, não te sentes com os Iníquos ” (Alcorão: 6:68).

O livro até condena acções facínoras que visam colocar em causa a integridade física, bem como o desrespeito à dignidade humana. Allá não se faz causídico de criminosos, e por isso remata: “Distancia-te daqueles que tomam a religião por jogo e Diversão, a quem ilude a vida terrena, e relembra-lhes que Todo o ser será penitenciado pelo que cometer e não terá, Além de Deus, protector, nem intercessor algum” (Alcorao:6:70).

O terrorismo e o fundamentalismo islâmico são uma autêntica fonte de putrefacção incisiva do islão. Pois, a religião islâmica em nenhuma circunstância abona a prática de crimes para defender o islão. Uma coisa é o fundamentalismo islâmico que prossegue acções terroristas a outra coisa é uma religião que tem a sua génese no século VII d.C. com cerca de 1429 anos de propagação, sendo a segunda maior religião do mundo e, terá deixado até resquícios da sua civilização em alguns países europeus.

A interpretação mecânica dos escritos do livro sagrado, tem levado pessoas de todo mundo a deturparem o sentido real dos textos, principalmente quando pretendem legitimar alguma acção. É preciso contextualizar o texto no tempo e no espaço e entender o que o profeta queria dizer.

Grupos fundamentalistas islâmicos como a Al-qaeda (que significa a base) no Afeganistão, O Boko Haram (que significa educação não islâmica é pecado) na Nigéria, o Hamas (Movimento de resistência Islâmica) na palestina, o Estado Islâmico (EIIS) no Iraque e na Síria, Os Talibãs no Paquistão, o Al-Shabaab na Somália, etc. estes seguem claramente objectivos políticos ou as vezes são impelidos a praticarem acções de terrorismo como manifestação dos seus descontentamento face a intromissão dos estados ocidentais na politica interna de muitos estados islâmicos. Se fizermos uma viagem aos objectivos destas organizações, perceberemos que todas convergem na luta contra a influência ocidental nos seus países ou mesmo assumem acções terroristas como ajustes de contas.

São grupos complexos com células e núcleos em quase todo mundo, se faz difícil combatê-los e vão ingressando nas suas fileiras, mormente àquelas pessoas que são ostracizadas política e socialmente (pessoas pobres) nos seus países e não só, estudantes universitários, etc.

O fundamentalismo islâmico (com o seu tipo de terrorismo) se transformou numa ameaça global, ultrapassando as fronteiras Estaduais e todo cidadão do mundo é chamado a lutar contra ela em nome da vida humana. Independentemente de ser um assunto político, também é sobretudo uma luta renhida entre o cristianismo e o islamismo (às vezes também segue questões do fórum religioso). Por isso, Precisamos ter deferência pelo diferente, jamais podemos tratar o diferente como igual! Todavia, as relações humanas deviam basear-se na tolerância ou seja respeitar a vida religiosa dos outros, suas opiniões e seus pontos de vista, como pré-requisito para a coexistência humana. Isto não significa que devemos aceitar tudo como igualmente correcto, mas que cada um tem o direito de ser respeitado em seus pontos de vista, desde que estes não violem os direitos humanos básicos (Gaarder, 2000).

Para terminar, reiteramos que «temos liberdade de fazer tudo, mas não podemos fazer tudo».

Bibliografias

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