Luanda - Integra do texto lido em conferência de imprensa concedida pelo Secretário provincial da UNITA no Cuando – Cubango sobre a intolerância política na província e não só.

Fonte: Club-k.net

Caros Jornalistas,
Minhas senhoras e meus senhores!

Antes de tudo, agradeço por terem aceite o nosso convite para fazerem parte desta conferência de imprensa, que tem como finalidade tratar dos aspectos que se prendem com os actos de intolerância política praticados por militantes do MPLA contra os militantes da UNITA na Província do Cuando – Cubango e não só.

Temos constatado com preocupação a subida vertiginosa dos actos de intolerância política consubstanciados nas prisões arbitrárias e agressões físicas aos militantes da UNITA a mando das autoridades administrativas locais que como soubemos, também são dirigentes locais do MPLA. O exemplo fresco desses actos de intolerância política é do que aconteceu no dia 22 de Fevereiro de 2015 no Rivungo, quando 22 militantes e dirigentes da UNITA foram detidos e maltratados pela polícia Nacional daquela localidade sem culpa formada e encaminhados para o Município de Menongue onde mais tarde vieram ser libertos;

Nos últimos tempos, temos vindo também a assistir com estranheza a utilização indevida pelo MPLA em toda província, da Casa Militar da Presidência da República, em acções de activismo político-partidário, com campanhas de aliciamento, ameaças de morte e instrumentalização enganosa contra os ex-militares da UNITA violando sobremaneira o Artigo 5.º, alínea g), n.º2 da Lei dos Partidos Políticos – Lei n.º22/10 de 3 de Dezembro. A título de exemplo nos Municípios de Mavinga e Rivungo, os homens da Casa Militar do Presidente da República sedeados naquelas localidades têm vindo a bater as portas dos militantes da UNITA e persegui – los nas ruas com a finalidade como eles próprios o dizem de abater os mais fortes da UNITA para torna – la fraca; afinal concluímos que quem prometeu aos angolanos em finais de Dezembro de 2014 pôr fim aos actos de intolerância política no país, no fundo é o mesmo mandate da mesma intolerância política no país pelas seguintes razões:

Temos conhecimento de noticias publicadas no Club – K e não só de um programa gizado pelos inimigos da paz, do multipartidarismo e da democracia, de poder reduzir a UNITA a zero até 2017.

Também tomamos conhecimento que os mesmos inimigos da paz querem cessar com qualquer acto (programa) que visa o cumprimento dos acordos entre o governo e a UNITA. Dizem que, o memorando do Luena, complementar aos acordos de Lusaca, terminou com a extinção do governo de unidade e reconciliação nacional (GURN) em 2008 e tudo, desde aí que o governo vem fazendo , é favor, flexibilidade e gesto de boa vontade. Querem igualmente, proceder com um levantamento de todo universo da UNITA a todos os níveis, desde as FAA e PN, até as instituições civis e de base , cumprindo com as seguintes medidas:

Proceder exonerações e calunias suscitáveis a processos criminais e judiciais.

Eliminar(acelerar) a morte destes, uma vez hospitalizados, cuja acção deve ser executada por militantes profissionais de cada instituição.

Segundo o programa nocivo deles, todos os membros das ex-FMU integrados e patenteados nos órgãos de defesa nacional e de segurança (FAA e PN), devem estar na condição de oficiais a disposição para de forma legal abrangerem a reforma em curso nas FAA.

Na mesma senda, querem evitar a todo o custo inclusíve os descendentes, ascenderem de patentes ou ocuparem lugares de destaque. Discrimina-los desde os concursos de acesso a função pública fazendo triagem na juventude desde as suas origens político-partidárias.

Programado desta forma, ficamos com a ideia de que, parte do programa já está a ser exequível, porque na verdade os actos de intolerância política subiram de nível na nossa província, tal como me referi no início, o governo nunca conclui com o processo dos ex – militares das ex – FMU aqueles que captaram imagens e aguardam pela sua desmobilização, tudo isso mostra – nos que não existe vontade por parte do governo do MPLA de construir uma sociedade sã, sem discriminações político/partidária, assente acima de tudo no espírito pela irmandade e ter do cidadão angolano como centro das suas preocupações. Até porque, sempre nos disseram com a sua máxima que o mais importante é resolver os problemas do povo, esperamos que os resolvam bem, sem discriminações porque não estão a fazer o favor a ninguém, mas sim é obrigação de qualquer governo.

Muito obrigado pela atenção dispensada.