Luanda - Por muito que a doçura do poder nos terne insensível, um homem com caracter, um homem chefe de família, um homem racional, humano e estadista deve refletir e fazer leitura dos tempos.
Fonte: Club-k.net
É preciso olhar‐se no espelho e fazer uma introspeção dos tempos no país, no continente e no mundo.
Assumimos tamanha vergonha quando o presidente se reúne com homólogos regionais garotos, autenticas crianças que ele viu ao colo, viu‐se na reunião do Luau com os actuais presidentes do Congo e da Zâmbia.
A Democracia e o estado de direito na Zâmbia, na África do Sul, Namíbia, Botswana, Moçambique, já demonstraram para Angola que é momento do velho ir descansar e cuidar dos netos. Países que conheceram a independência e mudança depois de Angola, já puderam conhecer a rotação de estadistas, os mais recentes foram a Zâmbia, Moçambique e Namíbia. Isso não sensibiliza o Zé Du a deixar o poder para outros mesmo que sejam do MPLA? Que homem sem carácter. Não foi educado na mesa dos seus pais sobre o egoísmo obsessivo?
Cada um de nós sabe que em pouco tempo a Namíbia já conheceu 3 presidentes todos da SWAPO, a Zâmbia mais de cinco, o Malawi mais de 3, a África do Sul 3, Moçambique 4, sem falar dos outros. Porque Deus amaldiçoou Angola como egoístas obsessivos, pessoas impiedosas que pretendem se manter no poder utilizando todos os truques, realizar falsas eleições, formatando os jovens e a sociedade transformando o ilegal em legal?
Em Angola, o nosso presidente com mais de trinta e cinco anos de poder, se tornou cego, insensível, egocentrista e perdeu o carácter. Deixou a racionalidade de parte e curte a doçura do poder, roubando seu próprio povo. Converteu‐se num cara de pau enchendo‐se de dinheiro de forma encoberta através dos filhos e de todos os seus testas de ferro bem conhecidos na praça. Como quem diz: ̈ Estou a enriquecer e safem‐se como poder, é só não darem nas vistas ̈.
O modelo de Governação utilizado por Mobutu no Congo Belga é o mesmo que impera em Angola, embora fosse em séculos diferentes. Mobutu não sou deixou o país pobre, roubava e permitia a institucionalização do roubo. Em Angola reina a lei do cabritismo, a celebre frase do ex‐Ministro Flávio Fernandes bem o exemplica ̈O cabrito come onde está amarrado ̈. Não há margem de dúvidas, os generais não estão preocupados com a farda, saúde, equipar, alimentar e treinar as tropas, esse dinheiro serve para engordar suas empresas e utilizar as tropas como mão de obra barata nas suas aventuras empresariais. Os Ministros, acaparam‐se das verbas orçamentais para alimentar suas vaidades e negócios. Enquanto isso, Zé Du, facilita a vida dos magistrados, dos detentores dos cargos nos órgãos de defesa e segurança e forenses, fechando olhos para que tenham negócios e façam investimentos.
Aqui assenta o triunvirato da corrupção em Angola, o poder executivo por um lado, os magistrados e os órgãos de defesa e segurança do outro, pois o poder legislativo é subserviente e nada pode fazer, todos formatados a obedecer para não caírem no desemprego por substituição forçada/coerciva.
Um apelo urge aqui e agora, Deus te suplicamos para que tire do nosso seio todos estes males egocentristas inspirados no corpo humano que nos governa. Sabemos que o senhor nos deu tudo, riquezas, mar, aguas abundantes, solos e subsolos ricos, mas colocou no nosso seio e inspirou os piores homens para nos governarem. Lhe rogamos e suplicamos que os adormeça com o seu poder.
Massuane de Almeida
