Luanda –  Os familiares  de um cidadão, Paulo António acusaram, este fim de semana,  um sargento-chefe da guarnição de Luanda, identificado por José Maria vulgo   “Chefe Brito”,  de os ter burlado 50 mil kwanzas que serviria para ajudar a adquirir  um  documento militar que atesta a passagem pelo exercito do seu familiar a fim de o mesmo poder beneficiar dos benefícios para antigos combatentes.  

Fonte: Club-k.net

Paulo António, 42 anos de idade,  ficou ferido  num cruzamento de fogo entre tropas governamentais e antigos soldados da UNITA, na área de Kamalundo, província de Malanje, em 1994.  Na sequencia deste episódio ele ficou cego e até aos dias de hoje carrega no estômago, há 21 anos,   estilhaços de granadas que o deixam incomodado.

 

Na busca de solução  para o mesmo, os familiares empreenderam diligências no sentido de o ver inserido no sistema das FAA, para que possa beneficiar de algum apoio institucional.

 

Estes, por sua vez, ao tempo em que moravam no sambizanga, contactaram um vizinho da guarnição de Luanda,  José Maria vulgo   “Chefe Brito”, para os ajudar na obtenção de um documento que comprava que Paulo António esteve na linha de fogo, ao tempo do conflito armado em Angola.

 

Para materialização do trabalho, o sargento-chefe ,  José Maria   “Chefe Brito”  recebeu  50 mil kwanzas dos familiares de Paulo António para tratar os documentos do vizinho. Porém, passado dois anos, ele deixou de atender os telefonas dos familiares de Paulo que insistiam em ligar fazendo  cobranças  dos valores.

 

A ausência de documento militar de Paulo António tem lhe causado inúmeras dificuldades. Há uns anos, ele deu uma entrevista ao Jornal Angolense, explicando que a falta dinheiro inviabilizou, certa vez,  que fosse operado na medida em que um médico que presta serviço no Hospital Militar Principal se predispôs o ajudar, mas na altura, pedia 500 dólares porque alegava que não sendo a vítima militar, tinha de dar gasosa a determinados chefes para facilitar a cirurgia.

 

Não passou de intenção, porque Paulo António não dispunha de tal valor. “Não tenho a quem recorrer, por isso, gostaria pedir as pessoas de boa fé, o Governo, as igrejas, para que me ajudassem. Tenho fé posso ser curado com ajuda de todos”, disse confiante.

 

Caso queira ajudar este cidadão que luta entre a vida e a morte ligue para os seguintes terminais telefónicos: 929395565, 921318007, 916991322.

 

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