Luanda - A batalha de Cuito Cuanavale, foi a maior batalha em África até ao momento, uma batalha onde estavam inseridas a acção das superpotências Universais na altura, essa batalha tem uma magnitude que supera todos os confrontos ocorridos em Angola e na África até aos nossos dias, tendo ocorrida entre 15 de Novembro de 1987 e 23 de Março de 1988. Tendo como palco de sua eminente acção a região sul de Angola na zona de Cuito Cuanavale na província de Cuando-Cubango, onde se confrontaram os exércitos de Angola FAPLA (Forças Armadas Populares de Libertação de Angola) contra o exército racista sul-africano do Apartheid. Foi a batalha mais prolongada que teve lugar no continente africano desde a Segunda Guerra Mundial. A magnitude e vulnerabilidade desta batalha, foi na verdade forte e numerosa. Os factos tomados neste campo de batalha de Cuito Cuanavale, foram gravados, e permanecerão intactos nas estrofes dos catálogos históricos angolanos.

Fonte: Club-k.net

O ataque Sul-africano consistiu em mais de 9.000 tropas com 500 tanques, 600 canhões de artilharia e dezenas de aviões, e o emprego das demais tectologias de artilharia pesada, e na altura África do Sul detinha a potência mais poderosa de África.

É necessário frisar aqui, que foi esta batalha que libertou África Austral em virtude de na altura o Apartheid deter o maior poderio militar de África, e ocupar África do Sul e Namíbia, essa batalha foi o factor decisivo para a libertação desses países e a soltura de Nelsom Mandela, que encontrava – se preso.

Vem de longe as estratégias vestidas de inteligência do excelentíssimo Engenheiro Dos Santos, a marca inapagável de seu princípio estratégico foi o farol que conduziu a marcha vitoriosa das gloriosas FAPLAS em Cuito Cuanavale.

Estratégia e tática militar estão intimamente relacionadas. Ambas lidam com a distância, tempo e força, mas a estratégia é empregada em larga escala enquanto a tática actua em pequena escala. Originalmente a estratégia era entendida como a organização do prelúdio para a batalha enquanto a tática controlava a sua execução.

Excelentíssimo Engenheiro Dos Santos é sem sombra de dúvida, a medida de toda liberdade e estabilidade que se vive em África austral, em virtude de seus planos brilhantes terem apontado os africanos austrais aos portões da liberdade, desacorrentando Namíbia algemada pelas mãos da opressão Apartheidina, e retirando as sandálias dos racistas Apartheidistas em solo de Madiba. Seu nome transportar – se – á para épocas pois épocas, eras pois eras, séculos pois séculos, estará preso nas travessias dos anos vividos em Angola e sobretudo em África austral, contaminando a crendice popular e seus costumes, seu nome tornar – se – á num símbolo e numa marca da angolanidade, Dos Santos é sem sombra de dúvidas o mais digno nome existente entre nós em África, foi mediante esta insigne figura que suscitou um acto exitoso vinculado a maior batalha de todos os tempos em África a famosa batalha de Cuito Cuanavale, seu nome percorrerá a boca dos que falam, dos que mamam e de todos que advirem nas gerações vindouras.

O termo estratégia militar invoca em si um princípio que visa buscar mecanismos táticos para sobrepor barreiras das hostes inimigas e chegar ao alcance da vitória.

Já dizia um grande filósofo, de que não existe nem mau soldado, nem bom soldado, só existem bons e maus comandantes, grandes estratégias fazem – lhos em grandes vitoriosos, logo, a acção do militar é resultado de um plano antecipado, oriundo de reflexões árduas e inteligentes de seus superiores hierárquicos.

Isto se pode aplicar também em academias, não existem nem mau aluno, nem bom aluno, somente existem maus e bons professores.

Foi sem sombra de dúvida o excelentíssimo Engenheiro Dos Santos o heróis primeiro da batalha de Cuito Cuanavale, foi ele, de forma abstrata que esteve por trás das somas vitoriosas alcançadas pelas FAPLAS.

O pai do estudo moderno da estratégia, Carl von Clausewitz, define estratégia militar como o emprego de batalhas para obter o fim da Guerra. E foi o que sucedeu em terras de Cuito Cuanavale.

Em sua forma mais pura, estratégia somente lida com problemas militares.

Este termo estratégia arrastou sua génese imersa nas veias do passado universal, tendo suscitado, graças a mente sábia e pensante de célebres filósofos gregos, homens versáteis, que penetram em todo domínio do saber sem reserva, dando lugar ao surgir da ciência, tendo com isso apontado o termo estratégia a partir da palavra stratègós, de stratos, exército, e ago, liderança, ou comando, tendo inicialmente o significado de A ARTE DO GENERAL. E na altura os gregos denominavam de estratégia querendo elevar a pessoa do comandante militar, neste caso se hoje aplicada no nosso meio, seria um termo inerente a pessoa do excelentíssimo engenheiro Dos Santos.

Na esfera moderna, o termo estratégia, invadiu o mundo empresarial, querendo significar a maneira de planificar o futuro, ou seja, coloca – se no processo de decisão dos líderes empresariais, com base em um procedimento formalizado e articulador de resultados, estratégia é neste contexto o pressuposto imposto pelo líder para atingir resultados e abster – se da decadência empresarial. Actualmente a estratégia veicula o valor preditivo do sucesso na arte de gestão e liderança, nesta sorte, é impossível sobrepor barreiras e atingir o sucesso, sem antes planificar uma estratégia viável à acção prática.

A história não é cega, ela é a memória da ciência que lhe dá raízes, lhe compromete no presente e lhe define no futuro, nesta senda de ideias, há que levantar aqui ingredientes históricos, para dar fôlego a este artigo, os princípios que compreendem a estratégia datam aos anos 500 a.C. nas palavras de Sun Tzu e nos primeiros pensadores em Esparta.

Sem perder pistas, as campanhas de Alexandre o Grande, Aníbal, Júlio César e Qin shi Huang revelavam na sua arte militar princípios da estratégia em acção, pondo em evidência o plano militar concebido de forma antecipada.

No livro de Mahan intitulado The influence of sea power upon history explica como os Romanos conseguiram transpor as barreiras impostas pelas forças militares de Anibal, demostrando o poder soberano da estratégia militar, através do uso das forças marítimas que efectivamente, teriam bloqueado as linhas marítima, e expulsado Hannibal da Itália, a despeito de nunca tê-lo derrotado com suas legiões.

Em 1520 Dell'arte della guerra (Arte da Guerra) de Niccolò Machiavelli lidava com a relação entre os assuntos civis e militares e a formação de uma grande estratégia. Na Guerra dos Trinta Anos, Gustavo Adolfo II da Suécia demonstrou uma avançada estratégia operacional que o levou a vitórias na área do Sacro Império Romano.

À primeira vista parece tratar-se de um conceito estabilizado, de sentido consensual e único, de tal modo que, na maior parte das vezes, entende-se ser escusada a sua definição.

Não obstante, no seu sentido semântico face a diversidade de frases que a mesma acarreta ao seu uso, não traduz uniformidade em muitos contextos, podendo ser sujeita a vária ordem de situações. Se para uma leitura apressada esse facto não traz transtornos, para o estudante destas matérias ou assunto para um exame final, e mesmo para os gestores têm por função definir ou redefinir estratégias e implantá-las nas organizações, a definição rigorosa do conceito que têm de levar a cabo é o primeiro passo para o êxito dos seus esforços. A estratégia é aquilo que qualquer um de nós define para atingir um certo resultado diante das mais temíveis irrequietudes e curvas escabrosas do tempo.

A disciplina, a firmeza e o entusiasmo, são a chave do êxito na implementação de estratégias, de antemão, torna – se imperativo levantar o diagnóstico da coisa problemática, só depois de uma consciência exata da situação se pode definir um plano, que visa impor os principais passos da planificação.

Nas ciências militares, o planeamento militar compreende uma ferramenta administrativa militar, que possibilita perceber a realidade, avaliar o rumo a percorrer, construir um referencial futuro, o trâmite adequado e reavaliar todo o processo a que a estratégia se destina. Sendo, portanto, o lado racional da acção militar. Tratando-se de um processo de deliberação abstrato e explícito que escolhe e organiza acções, antecipando os resultados esperados. Esta deliberação busca alcançar, da melhor forma possível, alguns objetivos pré-definidos.

A estratégia militar empregue em Cuito Cuanavale velou basicamente pelo planeamento e condução de campanhas militares que na altura visavam exercer bloqueios contra as hostes Sul-africanas, o movimento e divisão de forças que desmantelavam o ataque gigantesco das hostes inimigas, a resistência em cercos e em momentos impossíveis onde a palavra sofrer passou a ser o pão de cada dia em mata serrada, graças as constantes marcações estratégicas que burlavam a penetração inimiga, assim como a bravura e a resistência exitosa das FAPLAS, foi possível desfraldar a bandeira de vitória em terras de Cuito Cuanavale. Estratégias militares se baseiam em um tripé: a preparação das táticas militar, a aplicação dos planos no campo de batalha e a logística envolvida na manutenção do exército.

Na batalha de Cuito Cuanavale a estratégia era dominada por um pensamento ofensivo e caraterizada por fortes e rápidos avanços e recuos no terreno com vista à aniquilação do inimigo, porém a magnitude do inimigo consumia tanto tempo que a duração das batalhas se estendia por semanas e meses. A bravura, habilidade e resistência dos defensores para mover suas tropas usando linhas interiores prevenia a possibilidade de atalhos.

Nestas frentes, foi também usada a estratégia de manobras, foi também empregue a estratégia de trincheiras, a estratégia de movimento, se esgotavam todos os pensamentos táticos estratégicos, o fim da história culminava com a resistência inimiga e sua retirada.

Nesta batalha, o mito da invencibilidade do exército da África do Sul foi quebrado, alterando dessa forma, a correlação de forças na região austral do continente, tornando-se o ponto de viragem decisivo na guerra que se arrastava há longos anos. Por outro lado, a superioridade demonstrada pelas FAPLA no campo de batalha fez com que o regime do apartheid, aceitasse a assinatura dos Acordos de Nova Iorque, que deram origem à implementação da resolução 435/78 do Conselho de Segurança da ONU, levando à independência da Namíbia e ao fim do regime de segregação racial, que vigorava na África do Sul.

REVISÃO BIBLIOGRÁFICA.

- THE WAR FOR AFRICA by Fred Bridgland (Ashanti 1990)

- Wicpédia, wwwgoogle.com.pt.
- A GENERAL'S STORY by Jannie Geldenhuys (Jonathan Ball 1995)
- SOUTH AFRICA'S BORDER WAR by Willem Steenkamp (Ashanti 1989)