Lisboa – Os  indivíduos  que estão formalmente como acionistas  do novo  Banco “Pungo Andongo” -   que usa a abreviação BPAN -  são suspeitos de serem testa-de-ferro do líder  do Banco de Poupança e Crédito (BPC)  Paixão  António Júnior que em conformidade com o artigo 29 da  Lei das instituições financeiras (Lei n.o 13/05 de 30 de Setembro)  está  impedido de participar  em projectos bancários.

 Fonte: Club-k.net

Paixão  Júnior pode ser o verdadeiro dono 

Estas suspeitas são apoiadas pelo facto de o banco BPAN estar  a ser fundado por pessoas da confiança ou com ligações estreitas com aquele importante gestor público angolano.

Paixão Júnior está indirectamente ligado ao Banco Pungo  Andongo através do seu filho, Fábio Denílson Silvone António que está entre os acionistas.

O seu cunhado (irmão da esposa),   Marcos Barros da Fonseca é também  acionista do mesmo banco. Marcos Fonseca que a semana passada foi evacuado para Namíbia, é um empresário com interesses financeiros  em Malanje. Tem a fama de ser um dos mais importantes  testa-de-ferro do líder do BPC.

Acionista  “protege” nome de  Paixão Júnior

Em finais de 2013, o jurista e acionista  Filipe Lemos Inácio, havia negado, em entrevista ao Jornal expansão,  o envolvimento de Paixão Júnior, na fundação do banco BPAN.

"Quanto aos promotores, a única coisa que lhe posso dizer é que somos cinco, e a pessoa a quem se atribui o controlo da instituição não faz parte dela", afirmou Filipe Lemos, esclarecendo as dúvidas e especulações sobre o detentor daquela que é uma das mais novas instituições bancárias do País, que se alegava ser o actual presidente do Banco de Poupança e Crédito (BPC).

"Que fique claro, de uma vez por todas: o senhor Manuel Paixão Júnior, PCA do BPC, conforme foi veiculado no vosso jornal, não faz parte do corpo de promotores do Banco Pungo Andongo", afirmou o interlocutor, reagindo a uma matéria publicada na edição 244 do Expansão, de 22 de Novembro.

Acionista manifesta vontade de se retirar

Atribuídas a  Manuel da Cruz Neto,  manifestações de retirada do seu nome do grupo de  acionistas do banco BPAN.  A posição do mesmo terá surgido no seguimento de revelações publicas sobre a lista dos acionistas do banco na qual incluía o seu nome. O embaraço que exposição  terá causado a   Cruz Neto  é, segundo se aventa, por ele estar a exercer as funções de  Secretário Geral da Presidência da República.