Luanda – Domingos Francisco e Adriano João, dois jovens irmãos com idades compreendidas entre 16 e 18 anos, perderam vidas em consequência de um aparatoso acidente de aviação registado no passado dia 30 de Março do corrente, bairro Balumuca, no município de Cacuaco, província de Luanda. A polícia nacional não consegue esclarecer, até aqui, quem foi o mentor do sinistro.

*José Andrade
Fonte: Club-k.net
Cacuaco.jpg - 102.21 KBSegundo a progenitora das vítimas, Ana Maria, tudo aconteceu na tarde de domingo, 29 de Março, quando os seus filhos solicitaram-a um valor correspondente a dois mil kwanzas, com propósito de reparar a motorizada que apresentava uma varia mecânica.

Mas, para o espanto dos pais, viram os filhos a canalizarem o valor solicitado na compra de bebidas alcoólicas. “Eles passaram metade da noite a consumir bebidas alcoólicas e não queriam no mínimo ouvir nossos conselhos”, contou a mesma desamparadamente.

De acordo com a D. Ana Maria, quando eram aproximadamente 23 horas, os seus rebentos pediram a ela para que os deixassem sair de casa para um passeio noturno (sem no entanto especificar o local). O pedido foi prontamente negado, uma vez que no bairro onde viviam é considerado perigoso.

“Eu não autorizei que os mesmos saíssem de casa porque já se fazia muito tarde. Aconselhei-os a descansar para que fizessem numa outra ocasião”, explicou, com as lagrimas escorregar nos olhos.

A nossa interlocutora salienta ainda que “eu fui para o meu quarto descansar ciente de que Dudu e Ady, como eram carinhosamente chamados, também tivessem feito a mesma coisa. Mas afinal foi a minha desgraça”. Acrescentando que “afinal depois de me terem despedidos, eles saíram as escondidas, tiraram a motorizada e foram e quando chegaram nas imediações do bairro Balumuca foram atropelados mortalmente”.

Mas, a família sentiu a ausência dos malogrados na casa em que viviam. “Sentimos a ausência deles e fomos durante dois dias a sua procura. Contactamos os seus amigos que desconheciam seus paradeiros. Fomos aos hospitais e algumas esquadras policiais mais próximas não os encontramos. Mas no terceiro dia, decidimos procurar nos arredores do mercado do Kikolo e fomos informados pela polícia de que havia uma motorizada acidentada e que os seus ocupantes tiveram mortes imediatas”, disse.

“Não sei se realmente foi um camião, ou, um carro ligeiro, que os atropelou. Apenas sabemos que eles tiveram mortes imediatas”, frisou a mesma, lamentando amargamente pela sina em que os seus dois filhos encontraram.

“Não tivemos como evitar esta morte. Neste momento só nos resta dor e tristeza, em saber que os nossos filhos desaparecerem para sempre. Peço a Deus os perdoe pelos seus erros onde quer que estejam”, rematou.