Lisboa - A meta de Sotheby’s em Novembro era de fechar 2014 com um volume de negócios de 150 milhões de euros em Portugal. Agora que as contas estão feitas, a agência imobiliária dedicada ao segmento de luxo termina o ano com um volume de 185 milhões de euros, após a venda de 212 imóveis, com um crescimento de 48% em termos homólogos.

Fonte: Jornal de Negócio
Dolores.jpg - 45.09 KBO valor médio de venda também aumentou face a 2013, fixando-se nos 870 mil euros. Segurança, clima e hospitalidade são apontados como os motivos para a aposta em Portugal.

Os clientes estrangeiros vêem a sua quota reforçada para os 66%, optando por áreas como a linha do Estoril, Sintra, Lisboa e Algarve. Já os portugueses tendem a ser mais modestos no preço, adquirindo imóveis entre os 500 e os 700 mil euros.

Na totalidade do mercado português das casas de luxo, transaccionaram-se 2 mil propriedades acima dos 500 mil euros, refere a empresa liderada por Gustavo Soares.

Quem compra o quê?

Franceses: são os que mais compram, representando quase 30% do total dos clientes estrangeiros. Procuram casas antigas no centro das cidades para transformar na sua segunda habitação. Em média, estão dispostos a pagar entre os 800 mil e um milhão de euros.

Angolanos: o peso desta nacionalidade é mais reduzido, mas ganha destaque pelo valor investido em casa imóvel. Os angolanos pagam, em média, 1,8 milhões de euros por uma casa de luxo em território português.

Brasileiros: são os segundos maiores compradores na Sotheby’s e procuram apartamentos novos e edifícios com arquitectura contemporânea. O preço médio fixa-se nos 700 mil euros, encarado como uma porta de entrada para negócios em território europeu.

Ingleses: os compradores ingleses continuam a privilegiar o Algarve, por se tratar de um destino de golfe e praia. Os britânicos são os terceiros maiores compradores e tendem a investir valores semelhantes aos franceses.

Chineses: são os quartos maiores compradores e investem, em média, entre um e dois milhões de euros. A compra é vista como uma porta de entrada para o território europeu, uma vez que um investimento superior a 500 mil euros em imóveis portugueses é condição para a obtenção do visto "gold" [autorização de residência para actividade de investimento].