Luanda - A Lunda Norte é única província angolana com mais homens do que mulheres, o que contraria a distribuição da população por sexo em Angola, maioritariamente representada pelo sexo feminino, revelam dados preliminares do censo populacional.

Fonte: Lusa

Os dados, a que a Lusa teve hoje acesso, resultam do Recenseamento Geral da População e da Habitação de Angola, realizado de 16 a 31 de maio deste ano, o primeiro depois da independência do país em 1975.

De acordo com os resultados, Angola tem 24.383.301 habitantes, maioritariamente mulheres, com 12.579.813 (52 por cento do total da população). Os homens são 11. 803.488 (48%).

A situação é diferente na província diamantífera da Lunda Norte, onde em 799.950 habitantes, 411.033 são homens (51%) e 388.920 são mulheres (49%).

"O índice de masculinidade a nível nacional é de 94, isto é, em Angola existem 94 homens para cada 100 mulheres, o que significa que a população de Angola é constituída maioritariamente por mulheres. A Lunda Norte é a província com maior índice de masculinidade, cerca de 106 homens para cada 100 mulheres", revelam os dados.

Ao contrário, a província do Cunene regista o menor índice de masculinidade, com 450.814 homens (47%), do total de 965.288 habitantes, e 514.474 mulheres (53%). No Cunene, em todos os municípios, regista-se uma "predominância" da população do sexo feminino.

"O índice de masculinidade a nível da província é de 88, isto é, na província do Cunene existem 88 homens para cada 100 mulheres, o que significa que a população do Cunene é constituída maioritariamente por mulheres", especifica o estudo, que cobriu todas as 18 províncias.

O último censo tinha sido realizado em 1970, na época colonial portuguesa, tendo-se apurado que a população residente em Angola naquela altura era de 5.646.166 habitantes, um número superado agora pela quantidade de população que habita em Luanda, a capital do país, com 6.542.944 de pessoas.