Lisboa – O recente pronunciamento do Presidente do Conselho de Administração da IMOGESTIN, Rui Cruz segundo os  quais os moradores das novas  centralidades (Cacuaco e Kilamba), na província de Luanda,  terão de pagar de uma só vez , o atraso de renda correspondente a dois anos (equivalente a 7 mil dólares para as T4), está a ser interpretado  em círculos do MPLA, como um despropositado discurso que embaraça ou colide com as posições públicas do Presidente José Eduardo dos Santos.

Fonte: Club-k.net 

PCA da Imogestin afugenta  eleitorado do  MPLA

De acordo com Registro do levantamento do debate, o Presidente teria em Novembro de 2012, feito pronunciamentos  apontando que o seu ponto de vista era de que se não deveriam criar dificuldades ao acesso as centralidades recém construídas. Como gesto  demonstrativo da sua  boa vontade, JES  orientou  a diminuição  dos preços das vendas dos apartamentos que estavam a ser comercializados. Fe-lo tendo em conta a capacidade financeira dos populares, na sua maioria jovens.

Em meios do partido, entendem que o discurso do PCA da IMOGESTIN, é um instrumento que embaraça  a posição de JES,  uma vez que a medida de Rui Cruz esta condenada a causar dificuldades  aos moradores das centralidades, uma vez que nem todos   teriam capacidade financeira para pagar sete mil dólares de uma só vez, para cobrir as rendas,  correspondente a dois anos.

Dentro do partido, há o entendimento generalizado  segundo a qual,  se os moradores não pagaram as rendas durante estes dois anos, não foi por  vontade dos mesmos mas por uma alegada desorganização das empresas imobiliárias responsáveis pela gestão comercial dos imóveis, nestas centralidades.

Miquelina Cristina, uma moradora da centralidade do Kilamba levantou  o  debate nas rede sociais criticando a decisão do PCA da Imogestin,  Rui Cruz. “Vizinhos este Senhor  diz que teremos que pagar de uma vez os dois  anos. Agora eu me pergunto vamos pagar pela desorganização deles?” rematou questionando se  “quem não  tiver o dinheiro de dois  anos vai  ser desalojados?”

A este propósito, o  jurista angolano  Esteves Hilario  ao falar  TV Zimbo, considerou de ilegal a atitude que a IMOGESTIN pretende tomar, quanto ao pagamento de dois anos. Segundo o profissional, esta medida não tem fundamento jurídico.