Exmo. Sr. Ministro dos Transportes Augusto da Silva Tomas

A TAAG já passou a muito da necessidade de assistência técnica/operacional ou parceria estrangeira na dimensão que o Sr.Ministro tem levado a fazer crer ao público, o estado da TAAG que o Sr. Ministro tem relatado reflete um “modus operandi” dos anos oitenta para justificar a parceria com a emirates. Passados mais de 30 (trinta) anos o Sr. Ministro Tomás não faz ideia da evolução em termos de capacidade de recursos humanos que registrou na nossa companhia de bandeira, a TAAG tem quadros capazes, bem formados e experientes que os próprios consultores respeitam e temem‐nos. Por isso, não cola o seu argumento de que TAAG não tem competências para justificar adjudicação a gestão a estrangeiros ou fazer parceria.

Aliás, a Emirates não tem nenhuma cultura própria de gestão de transporte Aéreo, e, as melhores praticas recomendadas são da industria de transporte aéreo e qualquer companhia aérea deve adoptar incluindo a TAAG, repare que, por força dos tais acordos de parceria a Emirates neste momentos está no mercado a negociar/contratar pessoas de diferentes nacionalidades tais como brasileiros, portugueses e ingleses para virem gerir a TAAG. É sabido que a parceria entre a TAAG e Emirates não vai potenciar a TAAG antes pelo contrário, senão vejamos, porque foi o Sr. Ministro autorizou frequências diárias de Dubai/Luanda/Dubai com ligação a mais de 160 destinos? E TAAG com duas frequências semanais apenas. Isso beneficia a quem? A TAAG? Ao País?

 

O Sr. Ministro sabe porque a parceria da Air Sir Lanka com a Emirates não deu certo? Qual a medida tomada pelo governo do referido pais? Porque os sul‐africanos acabaram os acordos com Emirates?

 

Sr. Ministro, o problema da TAAG não é técnico/operacional nem de segurança, e prova disso são as repetidas aprovações da IOSA, a questão da TAAG consiste na má prestação de serviço ao cliente, é um problema de gestão que não se resolve pondo os seus amigos, conterrâneos de Cabinda ou estrangeiros a gerir a TAAG mas sim colocar as pessoas certas no lugar certo, a TAAG tem quadros muito competentes e valiosos (contrariamente o que disseste na reunião na sala da ENANA e na conferencia sobre desafios dos transportes aéreos). Estamos desapontados, descontentes e desiludidos com suas medidas, com as suas intervenções e ingerências que ora quer colocar‐se como regulador ora como gestor das empresas, seria bom deixar de interferir na TAAG, o Sr. Ministro está a destruir a TAAG colocando pessoal incompetente na chefia de algumas das suas áreas como conterrâneos ou pessoas ligadas a si directa ou indirectamente através de seus filhos em detrimento de quadros bem formados competentes e experientes. O mais gritante é a criação de direcçoes, subdirecções e divisões que não fazem menor sentido existirem só para dar tacho seus conterrâneos, amigos seus e amigos de seus filhos e suas amiguinhas. Com está atitude o Sr. Ministro está retirar o sentido profissional que os quadros têm vindo a adquirir nos últimos anos. Qual o objectivo desta atitude?

 

Ao contrário que o senhor ministro tem vindo a propalar a TAAG tem quadros muito bem formados, competentes e experientes para as mais diversas áreas do saber, solicitamos, por favor, pela última vez,para deixar de promover a incompetência, amiguismo, tribalismo e estrangeirismo.

Os trabalhadores