Luanda - O empresário angolano José Carlos Cunha, proprietário da Casa 70 (uma das mais notaveis casa de espéculos e evento na capital angolana) e dentector de vários empreendimentos hoteleiros e da construção civil, corre o risco de ver penhorado o seu patrimônio empresarial, devido a um esquema de burla em que o mesmo é citado como sendo o cabeçalho.

 

Fonte: Club-k.net

A acusação de burla qualificada contra o também antigo consultor do ministro da Hotelaria e Turismo, vem num despacho de pronúncia (edital) publicado recentemente no Jornal de Angola, e, assinado pela juíza de Direito do Tribunal Provincial de Luanda, Iracelma de Azevedo. Por constatar a ver indícios suficientes da prática de burla por parte do arguido Carlos Cunha, a magistrada judicial já mandou penhorar dois milhões e duzentos mil dólares norte-americanos, pertencente ao empresário.


A queixa-crime contra o dono da Casa 70, terá a haver com o facto de Carlos Cunha, por intermédio de uma outra empresa sua denominada Cruval, Lda., que teria burlado cerca de uma dezena de empresários num projecto que visava à construção de uma unidade fabril em Viana, através de um empréstimo cedido pelo Banco de Desenvolvimento de Angola (BDA), na ordem dos 9 milhões dólares, para montagem duma cerâmica.

 

Apesar do BDA ter concedido o empréstimo, o empresário Carlos Cunha não chegou de construir a referida fábrica nem sequer pagou as empresas fornecedoras do projecto e a construtora que fez os trabalhos de terraplagem na área onde deveria ser erguida a cerâmica.

 

Fontes conhecedoras do processo, alegam que sempre que as construtoras solicitassem o pagamento dos serviços prestados, Carlos Cunha tem-se frustrado a pagar as dívidas e, muitas vezes, recorre a sua proximidade com o poder político (partido no poder) alegando que ''nada poderia acontecer contra ele".


As empresas lesadas dizem estar a recentir enormes dificuldades de tesouraria e que vêm-se obrigadas a ''por no olho da rua'' dezenas de trabalhadores por falta de verbas, devido a mega-burla que lhes foi perpetrada pelo "Dono da Casa 70", um espaço luxouso em Luanda onde já cantaram músicos de renomes internacionais como Paulo Flores, Gilberto Gil, Cesária Évora, Bana, Ana Carolina, entre outros.


O Club-k não conseguiu apurar se o dono da Casa 70 (aqui nas vestes de socio-gerente da Cruval, Lda.), já teria contestado a ação movida contra a sua pessoa, bem como, aos seus bens penhorados pelo tribunal ''Dona Ana Joaquina''.