Lisboa -   As comemorações do 37º aniversário da Empresa Nacional de Seguros de Angola (ENSA), no passado mês de Abril deram lugar a uma exposição de indignação/contestação interna pondo em causa a afirmação da integridade do seu PCA, Manuel Gonçalves, que se encontra em fase de final de mandato.

 Fonte: Club-k.net

Administradores não compareceram na  gala com a  Mariza

De acordo com constatações, o atribuido ambiente de indignação na ENSA, avolumou-se depois do  PCA ter transmitido aos funcionários que este ano, não haveria festa de comemoração do aniversario da empresa por causa da “crise economica” mas por outro lado, o mesmo convidou a cantora portuguesa Mariza para uma luxuosa gala, de dois dias, no hotel Epic Sana, em Luanda.

 

Geralmente as festas de aniversario da ENSA são destinadas a juntar os trabalhadores das suas variadas áreas de modo a que possam conhecerem-se. Há dois anos atrás, realizou-se no parque heróis de Chaves, actual Palmeirinhas, e há três anos foi no Tropical Cine, em Luanda.

 

Sempre que se aproxima a data de aniversario da ENSA, os trabalhadores recebem avaliação do seu desempenho que “cai” no dia 15 de Abril e no dia 27 deste mesmo mes, os mesmo recebem os seus respectivos salários. Este ano, os trabalhadores não tiveram avaliação por causa da alegada “crise económica”.

 

Anteriormente, o PCA, Manuel Gonçalves teria transmitido aos funcionários que a luxuosa gala com a fadista portuguesa serviria para trazer receitas para a empresa. Porém, não foi isso que aconteceu, uma vez que tiveram de pagar a cantora e outros músicos (José Manuel Neto, Pedro Jóia, Yami e Vicky Marques) que a acompanhavam.

 

O discurso de “crise económica” transmitido pelo PCA não está a ser bem acolhido pelos funcionários da empresa que o tomaram como contraditório. É que numa entrevista, a imprensa em Luanda, Manuel Gonçalves teria afirmado que a ENSA, não dependia do OGE, mas agora diz que a “empresa está em crise”.

 

Recentemente um funcionário enviou um email que o conselho de administração teve acesso, manifestando abertamente o seu desagrado pelo que se esta a observar na empresa. O seu email deu lugar a outras reações que se estenderam para outros fóruns, questionando a transparência ao convite feito a Mariza. O PCA terá procedido, sem consultar, os membros do conselho de administração da ENSA.

 

De acordo com observações abalizadas, há ideia generalizada, que vincou foi de que o PCA, Manuel Gonçalves terá feito o convite de forma particular envolvendo uma empresa próxima a si, “Taberna da Música” que dedicou-se na produção do evento.

 

A revelação de Mariza, numa conferencia de imprensa, no passado dia 14 de Abril, em Luanda dizendo que agradecia o convite que lhe foi formulado “pelo meu amigo Né Gonçalves”, abriu mais suspeitas sobre o critério de selecção para ela vir a Angola. Ficou-se com a ideia de que o PCA usou a empresa para convidar uma cantora da sua eleição.

 

Apesar da gala ter sido anunciada como sendo da ENSA, os membros do Conselho de Administração não foram visto a assistir ao evento. Levantou-se suspeitas de que a ausência dos administradores terá sido por não concordarem com a realização da luxuosa gala ou por não terem recebido convites, abrindo assim, caminho para especulações da ocorrência de alguma crise de liderança entre o PCA, Manuel Gonçalves e os seus principais colaboradores.