São Paulo – Uma delegação de jovens actvistas cívicos angolanos, constituida por Pedrowski Teca e Manuel Nito Alves, encontra-se em São Paulo, Brasil, afim de participar no XIV Colóquio Internacional de Direitos Humanos, organizado sob o lema: os direitos humanos e as ruas.

Fonte: Club-k.net

Entre os participantes deste evento, anfitriado pelo Brasil, estão defensores do Sul Global provenientes de organizações tradicionais e da academia, mas também de coletivos e movimentos sociais de países como: Sri Lanka, Zimbabwé, Suiça, Chile, África do Sul, Quênia, Canadá, Nigéria, Equador, Egipto, Togo, Tunísia, Venezuela, Perú, Bahrain, México, Uruguay, Algéria, Estado Unidos, Senegal, Tailândia, Chile, Moçambique, Índia, Nepal e Angola.

Com a qualidade e diversidade dos participantes, o Colóquio pretende facilitar a troca de experiências em torno do tema "direitos humanos e as ruas", de modos a criar novas redes de trabalho e colaboração entre activistas de vários países.
O activista Pedrowski Teca caracterizou a conferência como uma excelente oportunidade para partilhar a situação dos direitos humanos em Angola e beber das experiências provenientes de outros países.

"Esta é uma oportunidade de expormos a actual situação dos direitos humanos no nosso país, concretamente dos acontecimentos dos últimos meses, como o caso da seita Kalupeteka na província do Huambo, da detenção ilegal e abuso de prisão preventiva dos cidadão Arão Bula Tempo, Marcos José Mavungo e outros em Cabinda, e dos vários casos de repressão de manifestações pacíficas e legais", disse Pedrowski Teca.

No seu turno, o activista Manuel Nito Alves disse que pretende trocar experiências e criar uma nova plataforma para destruir o grupo hegemônico liderado pelo presidente angolano, José Eduardo dos Santos, não importando o caminho da destruição, justificando que as condições para tal já estão a ser preparadas.

"Povo angolano, vamos aguentar só mais 3 à 4 anos porque esses velhos não têm força para travar a juventude, tão pouco o povo", alertou Nito Alves.

Os activistas revelaram que o encontro acontece entre os dias 24 e 29 deste mês, e adiantaram que também consta em suas agenda, encontros com cidadãos angolanos no Brasil.

Pela primeira vez desde o início do encontro do gênero, isto em 2001, desta vez o Colóquio será organizado pela Organizacao Não-Governamental, Conectas, em conjunto com outras três entidades, nomeadamente: Centro de Estudios Legales y Sociales da Argentina (CELS), Legal Resources Centre da África do Sul (LCR), e a KontraS da Indonésia.