Luanda - Já ouvi dizer em várias ocasiões que, o novo Governador da Província de Luanda(GPL), Graciano Domingos, é o homem que veio resolver os “sem fim” dos problemas principalmente os relacionados com as infra‐estruturas rodoviárias e de saneamento básico, mormente a eliminação de resíduos sólidos, vulgo lixo. Verdade ou mentira, caberá não só a mim como citadino de Luanda, mas também a todos os meus co‐citadinos testemunharem.

Fonte: Club-k.net

Entretanto, os factos vão mostrando, até que ponto na realidade, Graciano Domingos e sua equipa, estão ou não correspondendo aos desafios desta urbe assim como aos anseios dos mais de 7 milhões de citadinos. É de facto, muita carga!

 

Vejam só o que se passa por exemplo com a já célebre ponte molhada. Que a circulação rodoviária naquele eixo é caótica, disso não restam dúvidas. Que o GPL‐Governo da Província de Luanda, tem autonomia de intervir, já que ao Ministro Waldemar (Urbanismo e Construção) nem sequer como engenheiro que será, tão pouco isso lhe aquece ou arrefece, está nem aí. Será necessário outro estudo milionário de viabilidade para se arranjar uma solução para aliviar o caos e os transtornos que vivemos diariamente devido a tanta incompetência acumulada? Temos que chamar novamente a Odebrecht & Co que, apesar de com algum “esforço” terão contribuído para a melhoria das infra‐ estruturas rodoviárias do país, mas deixando fortes sequelas consubstanciadas principalmente no mal acabamento de tais obras; erros de “palmatória” na implementação de projectos; negligência nas sinalizações quer verticais, horizontais bem como a falta de sinalização em curvas graves e lancis? Enfim, é só mesmo em Angola, onde ao estilo Queiróz/Ribeiro no Jornal de Angola, os angolanos pagam inclusive para sofrer.

 

E que dizer da ausência de passagens ou travessias aéreas, para evitar a morte quase que diária aí ao Benfica, onde os Institutos Superiores São Francisco de Assis e ISIA, tanto ganham em propinas e serviços e em nada contribuem para a segurança de seus utentes(estudantes)? Não deveriam essas instituições de ensino ter uma comparticipação nos custos para a montagem urgente de travessias ou pontes aéreas para evitarmos mortes desnecessárias naquela via?

 

Não sou engenheiro, nem projectista muito menos urbanista, mas o caos à ponte molhada pôde sim ser evitado, como?

 

Nas horas de ponta (de manhã cedo e ao fim da tarde) alternância de sentidos direccionais da circulação rodoviária:

a) De manhã (das 4:00 ás 9:00) circulação aberta em sentido único descendente Benfica-Talatona
b) Ao fim da tarde (das 16:00 ás 21:00) circulação aberta em sentido ascendente Talatona-Benfica.
c) No período intermédio (das 21:00 ás 4:00) circulação aberta livre aos 2 sentidos simultâneos

Ao contrário e como as fotos ilustrativas a este texto assim bem o documentam, na configuração actual da circulação à ponte molhada, o caos continuará a coabitar em nós e a tirar sono á muitos citadinos, já cansados de tantas outra vicissitudes que esta urbe nos oferece diariamente.