Huambo - Em vida chamou-se Abílio Chissoko. Encontrava-se na aldeia Kayambo, com ferimentos que contraiu durante os confrontos ocorridos no Monte Sumi, no passado dia 16 de Abril do corrente, no município da Cáala, província do Huambo, entre forças policiais e fiéis da seita Luz do Mundo.

Fonte: Club-k.net

Sem recorrer a tratamento médico, com receio de ser apanhado e sacrificado, Abílio Chissoko encontrava-se escondido na sua casa, até ser surpreendido dia 20 de Maio, por efectivos que, segundo das testemunhas, dizem pertencer à Polícia de Intervenção Rápida (PIR), que o abateram a tiro.

As forças policiais estão a cumprir escrupulosamente as ordens do segundo comandante da Polícia nacional, Paulo de Almeida, que, falando no Huambo, para os efectivos policiais foi categórico: “vamos desbaratar esse grupo. Sei que há por aí algumas células, aqui nessa região do Huambo, Benguela, Huíla, Bié e também já em Luanda. Nós vamos lá e vamos desmantelar”, disse para os efectivos policiais em parada.

De lá para cá têm sido noticiados, por alguns meios de comunicação social privados, actos de perseguição aos seguidores de José Julino Kalupeteka, nas províncias do Huambo, Bié, Huila e Benguela. Alguns dos fiéis da seita, incluindo membros da família do responsável da seita já foram presos, encontrando-se na Comarca do Huambo. 

Outras informações que chegaram à nossa redacção provenientes da região revelam que no dia 25 do mês em curso foram mortos outros três seguidores de Kalupeteka, cuja identidade não foi revelada pela nossa fonte.

“As informações sobre os novos assassinatos de fiéis de Kalupeteka, constituem um verdadeiro desmentido à versão governamental segundo a qual, homens e mulheres que pertenciam à seita Luz do Mundo estariam a ser inseridos na sociedade e noutras igrejas”, adiantou a este portal, uma fonte atenta ao evoluir dos acontecimentos.