Lisboa - Os familiares do malogrado músico Bernardo Jorge Martins Correia “Bangão”, estão a levantar fortes suspeitas de que os apoios dados pela Presidência angolana, em favor do seu ente-querido, terão ido parar em mãos alheias, desde o momento em que ele foi evacuado para se tratar na África do sul, em fevereiro do corrente ano.

Fonte: Club-k.net

De acordo com fonte familiar, as suspeitas começaram a ser sentidas ao notarem que “Bangão” e sua esposa foram alojados, numa casa de transito no Bairro Wanderboom, nos arredores de Pretória, quando que figuras da dimensão nacional como a o músico são hospedadas num outro sitio, com melhores condições, chamado “Lantana”, no bairro onde se situa a embaixada angolana, na Africa do Sul.

 

“Com tantas Clinicas Boas em Pretoria levaram-no logo no Hospital Louis Pastor, que não é de referencia naquele país”, lamentou a fonte familiar adiantando que desta forma, os serviços de saúde junto a embaixada de Angola em Pretória, contrariaram “as ordem do Presidente da República que mandou dar o melhor tratamento e todo apoio necessário a Bangão”.

 

O ponto mais alto da reclamação, em torno da falta de apoio ao óbito de “Bangão”, aconteceu quando ele foi a enterrar, concretamente, no momento em que se lia a nota de agradecimento.

 

Questionado se o Presidente da República não terá dado mais apoios, a fonte familiar por nos consultada respondeu da seguinte forma. “Se deu, não chegou a família, apenas nos mandou uma mensagem de condolência assinada por ele, logo após ao funeral”.

 

O ministério da Cultura que é o órgão governamental que mais apoio deveria prestar a família “apenas apoiou o óbito com 300 mil kwanzas”, conforme revelação da fonte.

 

“Quem apoiou mesmo o óbito foi o Comité Provincial do MPLA, na pessoa do Senhor Bento Bento e de Jesuíno Silva com 1 milhão de kwanzas e o buffet após o funeral para 400 pessoas”, revelou a fonte considerando um grande gesto do ex- governador de Luanda, “que teve a amabilidade de o visitar na África do sul enquanto vivo, e viu-lhe na casa de transito”.

 

Ainda segundo a fonte, “penso que ele (Presidente da República), orientou a Comissão Administrativa da Cidade de Luanda, o Governo Provincial e Ministério da cultura a darem todo apoio necessário ao óbito, mas infelizmente apenas tivemos apoio institucional e não logístico senão do partido (MPLA), em Luanda”