Luanda - Os serviços de Táxis terrestres são entidades que veiculam a nobre tarefa de transportadores do âmbito público, com características entre os veículos privados e os autocarros urbanos, não obstante, encerram percursos irregulares com destino curto, em Angola encontramos aqueles Táxis que usufruem o uso do taxímetro, não estando acessível ao bolso do público, em geral podendo ser um transporte de alta tarifa que de então, pouco ajuda às massas populares, comparativamente ao Táxi sem taxímetro, obriga – se o emprego de uma personagem a quem lhe é apontada a digna missão de cobrador ou gerente do Táxi que visa a recepção dos valores monetários dos utentes que afluem ao Táxi, os Táxis em geral diferem dos transportes em massa pelo facto dos transportes de massa terem rotas fixas e preços acessíveis economicamente a todos.

Fonte: Club-k.net

A guerra que assolou Angola durante décadas, e a transformação de Luanda em sede do país desde o ponto de vista económico e de interesses além, trouxeram consigo a imensidão migratória, excedentes de mão-de-obra do campo chegam na cidade onde exercem trabalhos manuais não especializados e muitos tornam-se cobradores de táxis e motoristas de táxis, encontrando no serviço do Táxi a sua única forma de vida, de então o taxista merece ser visto como um profissional que detenha seus direitos e deveres peculiares, Luanda é uma cidade onde sem Táxi é quase impossível viver para quem não tem uma vida financeira ou económica sustentável, neste âmbito os taxistas, desempenham um papel de realce no apoio às comunidade, no que concerne, o seu movimento.

Pode-se definir um país pelo traçado das fronteiras, pela densidade demográfica, pela extensão territorial e outros pesos e medidas. Mas um país também pode e deve ser apreendido por uma perspectiva menos numérica e mais humana. Um olhar desprendido, mas não isento de intenção, que coloque em primeiro lugar o movimento, deixando que a lógica das quantias e quantidades ou a mensuração de índices econômicos não sejam os determinantes, mas que venham acompanhar um certo modo de ver e contar a história de um povo e de uma nação.

O que se propõe é uma narrativa do país construída através das pequenas e grandes viagens de múltiplas pessoas e suas inusitadas e criativas relações entre tempo e espaço. Sobre a imagem de contorno nítido e fixo de um mapa nacional, ao invés de rios que organizam sua geografia física, um contingente humano considerável foi desenhando modos peculiares de sobrevivências baseadas no seu movimento quotidiano, ao mesmo tempo em que abriu atalhos entre o subúrbio e o centro, a vila e a capital, o interior e o litoral. Com eles, os limites internos e externos entre espaços perdem nitidez e ganham pinceladas impressionistas; o taxista torna – se num verdadeiro guerreiro em prol das batalhas quotidianas erguidas à favor do país, que ansia um crescimento cada vez mais progressivo ao encontro do passo daqueles que são senhores do progresso no mundo actual.

Não se deve omitir a validade da pessoa destes humildes servos do crescimento nacional, ao servirem o povo quase no seu todo, transpõem fronteiras desde os mais carentes até aos que envolvem uma classe média, em dinâmica permanente na marcha da evolução, onde parar condiciona um impasse incalculável na produtividade das empresas fixadas em Angola, não obstante, é esse povo de que usa o táxi como o seu mediador comum no alcance do trabalho, a força motriz do trabalho, a classe operacional, sem os quais as empresas no seu todo como: escolas, hospitais, fábricas, empresas comuns param de funcionar, passando a funcionar somente o sector intermediário e o sector decisório, que nada produzem sem a função mais humilde de um simples operador de máquina, de um simples sapateiro, de um simples alfaiate, de um simples funcionário da ala administrativa, de um simples enfermeiro, de um simples professor, de um simples padeiro, de um simples varredor de rua, de um simples empregado das empresas que retiram lixo na cidade, de um simples guarda, de um simples, funcionário de caixa de bancos, mercados ou lojas em fim, até mesmo dos estudantes etc., etc.

 

O valor incalculável do Taxista até hoje não se mede nem a metro nem a balança, uma vez que têm sido o elemento fulcral no alcance de nossos locais de labuta, mesmo para aqueles com condições económicas sustentáveis, já tiveram de experimentar o impacto valioso do Táxi quando sujeitos a uma avaria de automóvel em pleno dia ou em plena noite, em que o engarrafamento torna – se num vocábulo cimeiro, ou por outro lado situados em áreas muito afastadas de seus locais de origem, só negligencia a importância do taxista quem negligencia o seu papel para o povo, e olha somente no seu prato, mostrando – se egoísta para os seus irmãos, sabemos muito bem o quanto é importante o táxi, sem os quais para muitos cuja distância constitui o percurso diário no alcance de seus locais de trabalho, o trabalho constituir – se – ia num pesadelo, a marcha a pé não seria eficaz na satisfação dos interesses quotidianos do povo na sua maioria.

 

Por outro lado, táxi é um dos meios que visa reduzir a taxa de desemprego no nosso meio, ao privilegiar oferta de emprego ao jovem, ao mesmo tempo, o táxi diminui a delinquência juvenil ao alocar uma gama de indivíduos mais jovens veiculados no exercício desta missão, que sem trabalho dedicar – se – ia a ociosidade.

O Taxista hoje já faz parte dos ingredientes determinantes do crescimento económico do país, os taxistas chegam em áreas recônditas, cumprindo a nobre missão de servir as necessidades de que a sociedade ansia em prol do trabalho que é a pedra angula do crescimento do país.

A profissão do taxista envolve deslocamento permanente dando a quem as exerce uma identidade adequada a padrões valorizados pelas pessoas, ademais, as manobras anómalas em plenas vias de trânsito (gíria = mbaias), o incumprimento das normais que norteiam o exercício do trânsito em vias públicas, a falta de respeito aos seus clientes, o vedar de vias públicas tornando impossível o trânsito rodoviário, o excedente de cobranças de tarifas por viagem a cada cidadão, o encurtamento das vias de percurso, o excesso de velocidade, os acidentes desnecessários, a desordem criada nas estradas da cidade durante o enchimento do táxi, o acúmulo imenso de carros na via pública tornando impossível a marcha rodoviária, retiram o seu autêntico valor e tornam cada dia que se passa mais difícil esta prática entre nós angolanos.

Bem-haja!