Lisboa  – O rapper e antigo activista Dionísio Gonçalves Casimiro “Carbono” desmentiu informações postas a circular pelos órgãos de comunicação do executivo dirigido por José Eduardo dos Santos (JES) insinuando que ele refugiou-se na Embaixada dos Estados Unidos da América, onde pediu asilo político.

Fonte: Club-k.net

“Os bófias do MPLA estão a fazer um péssimo trabalho”

A reação do músico surgiu depois de os órgãos do governo terem convocado os seus analistas para falar do suposto asilo de “Carbono” Casimiro. Para reforçar o desmentido, o também técnico de informática publicou uma fotografia sua, na manha deste sábado, numa das ruas do bairro Nelito Soares, ao município do Rangel em Luanda.

 

Na mesma tonalidade o auto-dominado Movimento Jovem Revolucionário de Angola difundiu uma mensagem desmentido o boato dos órgãos do governo adiantando que “A aerdade é que o Carbono está a levar a vida normalmente porque decidiu não fugir de acusações de crimes que ele não cometeu.”

 

O MJR, acusa o aparelho de segurança do regime de mau trabalho “Os bófias do MPLA estão a fazer um péssimo trabalho para justificar o salário”

“Carbono” Casimiro esta afastado do grupo de jovens críticos ao governo angolano a cerca de dois anos, depois de ter contraído matrimónio. Apesar de estar afastado, as autoridades angolanas enviaram agentes que invadiram a sua casa, sem mandado de buscas, a fim de se confiscar o seu computador e outros materiais de informática. Na altura na invasão da sua residência o mesmo se encontrava no seu local de trabalho.

 

A conduta do regime angolano em   propagar a falsa informação de que o activista Carbono Casimiro teria se exilado na embaixada americana em Luanda, está a ser interpretada como uma estratégia destinada a associar os EUA ao suposto golpe de Estado contra JES.

 

Os Estados Unidos são conhecidos mundialmente por terem ajudado nos últimos anos a grupos internos a derrubar regimes (no Mundo Árabe) com condutas anti- democráticas semelhantes as praticas em   Angola.

 

Em meios competentes alega-se que a estratégia que visou incutir na mente popular estava em curso um “Golpe de Estado” em Angola serviu para causar sentimento de solidariedade ao Presidente JES que perante a versão do seu suposto “derrubamento”, seria visto como vitima de perseguição do ocidente e de embaixadas estrangeiras em Luanda.

 

O Presidente José Eduardo dos Santos tem sido criticado internamente por causa dos acordos não esclarecidos com a República da China, e também abalado com pressões internacionais sobre as execuções contra crentes da Igreja Luz do Mundo, desencadeada pela Policia Nacionais e Militares.