Luanda - Os 15 jovens activistas cívicos detidos a partir do dia 20 do corrente mês, enquanto participavam num workshop de intercâmbio de métodos pacíficos de protesto, e acusados de tentarem organizar um golpe de Estado em Angola, foram na noite passada transferidos para a Unidade Prisional de Calomboloca, na aldeia de Cambembeia, município do Icolo e Bengo, à cerca de 70 Km fora de Luanda.

Fonte: Pedrowski Teca

Desde ontem, os activistas cumprem um isolamento decretado pela Procuradoria Geral da República (PGR), que os impede a terem contacto com os advogados, familiares e amigos durante 10 dias.

 

A prisão de Calomboloca está capacitada para albergar mil e quinhentos presos e foi inaugurada em Dezembro de 2013, mas construída de raiz no âmbito do Programa de Investimentos Públicos (PIP) de 2012, e conta com 80 câmaras de vigilância, três blocos prisionais (cada bloco alberga 500 reclusos).

 


A penitenciária, construída num período de 15 meses por uma empresa chinesa, dispõe de um bloco administrativo, uma secção académica com quatro salas de aulas, sala de informática, biblioteca, cozinhas, parlatórios, lavandaria, um posto médico com quatro salas de internamento e campo multi-usos.

 

A transferência dos 15 jovens activistas para a mesma prisão distante do centro de Luanda, é vista como cumprimento efectivo do decreto da PGR e uma tentativa de dificultar o trabalho dos advogados e a visita dos familiares e amigos.