Lisboa - A exclusão de dois principais   comandantes da Policia Nacional  do dossier do suposto “Golpe de Estado” em Angola, esta a reforçar a tese de que se está  diante de uma estratégia de diversão do regime destinada a incutir na mente popular de que os activistas recentemente detidos pretendiam destituir o Presidente da República, José Eduardo dos Santos.

Fonte: Club-k.net

Comandante-Geral  em contradição com o PGR

A conclusão é baseada em recentes posições do comandante-geral Ambrósio de Lemos e do  Comandante Provincial em Luanda, António Sita que revelam desconhecimento do assunto.

 

Logo após a detenção nos jovens, estes dois responsáveis foram interpelados por jornalistas e curiosos que enviaram-lhes mensagens telefónicas pretendendo saber do que estaria acontecer com os detidos.

 

Ambrósio de Lemos respondeu que não podia comentar porque a situação não estava sob o seu controlo. Por seu turno, o comandante de Luanda, António Sita  respondeu, as mensagens  dizendo que “estou em Cabinda, no óbito de uma irmã , não sei de nada”.

 

De acordo com precedentes históricos, o desconhecimento dos dois comandantes da Policia, em situação de golpe de Estado equivaleria desatenção das suas responsabilidades como guardiões da ordem publica, e seriam automaticamente exonerados pelo Presidente da República, que se alega estar com o poder ameaçado.

 Contradição com pronunciamento do PGR

O desconhecimento do assunto por parte dois comandantes, coloca por outro lado , o Procurador Geral da República, general João Maria de Sousa numa posição contraditória. Em entrevista a RNA, o PGR alegou que tomaram conhecimento do suposto plano de alteração da ordem publica através de uma denuncia chegada aos órgãos da policia Nacional.

 

“Como pode chegar uma denuncia de planos de golpe de estado a policia nacional, e o  comandante geral e o provincial não são informados”, questionou o analista Carlos Alberto apelando as autoridades angolanas a não fabricar acusações para prender e torturar os jovens conhecidos por realizarem manifestações pacificas   contra o abuso dos direitos humanos no país.