Lisboa – As recentes revelações públicas segundo as quais o Serviço de Inteligência e Segurança de Estado (SINSE) de Angola estaria adoptar praticas semelhantes a extinta KGB da Rússia, onde os seus  responsáveis “inventavam” operações contra opositores a fim de verem liberados fundos que depois davam destino incerto, provocou mal estar precipitando reações de esclarecimentos.

 Fonte: Club-k.net

“Fomos nos  que desmantelamos e travamos  a  farsa”

Num esclarecimento posto a circular em círculos restrito do regime, quadros do SINSE negam terem sido eles que se apoderaram dos 5 milhões de dólares que o Presidente da República, José Eduardo dos Santos liberou após lhe ter chegado a “falsa” informação de que o líder da UNITA, Isaías Samakuva estaria a preparar-se para regressar as matas com o objectivo  de   derrubar o governo.

 

A operação nunca foi levada a cabo por se ter descoberto  que se tratou de um falso alarme, de “serviços” da dependência do   Serviço de Inteligencia Militar (SIM). Porém, o Presidente da República havia liberado as verbas que até aos dias de hoje desconhece-se com quem ficou.

 

“Foi com bastante surpresa que o Club-K surpreendeu com uma noticia sobre a alegada farsa que o SINSE tentou induzir o Presidente da República para sob uma eventual fuga do Líder da UNITA para surrupiar dinheiro milhões dos cofres do Estado. A "História" até tem alguma nesga de veracidade, entretanto, tem como origem a mesma fonte que marchou com toda a força contra a anterior direcção do SINSE, que tentou e continua a respeitar todos os princípios que orientam a actuação de agentes do Serviço de Informação e Inteligência do Estado, mas vê se os mesmos autores das “ordens superiores” (General Peres Filó?) que “saíram” impunes do Processo de homicídio de Isaías Cassule e Alvés Kamulingue, vem agora difundir uma informação falsa para continuar a sacrificar inocentes e gente coerente e responsável com o bem comum e vangloriando cínicos, cobardes e bajuladores. Por isso, em nome dos camaradas sacrificados e que não se podem defender, urgiu fazermos este PONTO DE SITUAÇÃO”, le-se na nota de esclarecimento.

 

Segundo esclarecem “Em Setembro de 2013, veiculou-se a informação de uma suposta planificação do Presidente da UNITA, Isaías Samakuva para reiniciar a guerrilha que partiria do Cazenga (e não do Cacuaco como se diz na noticia) e certos “serviços” ligados ao Serviço de Inteligência Militar (SIM) e ao Governo Provincial de Luanda (GPL) fizeram chegar na mesa do camarada Presidente da República, e daí terem retirado milhões das mãos do Presidente para supostamente abortarem a operação”.

 

“Foi o SINSE Luanda que informou ao Director Geral a data dos factos e por via deste o suposto “êxodo” de Samakuva foi desmentido e com isso permitiu que se desmantelasse a tentativa de forçarem o Presidente da República a decretar o Estado de Sitio que o aparato militar e de milícias estava a ser preparado no único interesse "desses autores".”, le-se na nota de esclarecimento.

 

Ainda conforme indica  o esclarecimento da mesma fonte “Foi o SINSE que desmantelou e travou essa farsa e por isso, talvez agora, começa-se a perceber a perseguição de que o Dr Sebastião Martins foi alvo  até a sua exoneração e por tabela o ex-Delegado do SINSE, Vieira Lopes.”

 

“Os autores dessa farsa sabem-no bem, que até jogaram na antecipação aproveitando-se da debandada em que o SINSE ficou votado após a saída do Director Martins, entretanto, se estes actores escolherem este palco para lavar a roupa suja. Que assim seja e que toque o apito inicial, então ao longo desta semana outras farsas virão à tona e que os angolanos conheçam a verdade que anda oculta e quem é quem nesse país”, fim de citação.

 

Nota de redação: Diante do exposto, sugere-se a PGR do general João Maria de Sousa a investigar com quem ficou os 5 milhões de dólares dos cofres de Estado, da mesma maneira que descobriu que 15 jovens iriam fazer um inédito “Golpe de Estado” contra o regime com computadores e livros.