Luanda - O MPLA lançou ontem, em Luanda, o programa de actividades de preparação do seu VII Congresso Ordinário que vai afinar o partido para as próximas eleições gerais marcadas para 2017.

 

Fonte: JA


O vice-presidente do partido, Roberto de Almeida, que orientou o acto, disse que a preparação das eleições gerais é o principal objectivo do congresso, marcado para o período de 17 a 20 de Agosto do próximo ano, com o lema “MPLA, com o povo rumo à vitória”.


O VII Congresso Ordinário do MPLA, referiu Roberto de Almeida, tem também como objectivo consolidar o Estado democrático de direito, reforçar os princípios da transparência, da boa governação a todos os níveis, dar credibilidade às instituições estatais e reforçar a inserção do MPLA na sociedade.


Roberto de Almeida informou que a agenda de trabalho do congresso compreende a aprovação do Relatório de Balanço do comité central referente ao período 2009-2016, fazer ajustamentos aos Estatutos do partido, apresentar a moção de estratégia do candidato a líder do partido e eleger o presidente do MPLA e o seu comité central.
Para o MPLA, prosseguiu Roberto de Almeida, é fundamental a escolha do candidato à Presidência da República, antes da realização do congresso, que conta com 2.591 delegados, dos quais 30 por cento têm até 35 anos e 35 por cento são eleitos directamente a partir dos comités de acção.


A representação feminina nos órgãos e organismos da direcção do partido é de 40 por cento, informou o vice-presidente do MPLA, como dignificação do papel da mulher e a sua condição de maioria da população angolana. “É importante que na selecção destes militantes se prima pela transparência e que se escolham efectivamente aqueles que merecem, pelas suas boas qualidades e capacidades de realização”, apelou o vice-presidente do MPLA. Roberto de Almeida anunciou a realização, no próximo mês, de seminários municipais e provinciais de capacitação para o êxito de todo o processo de preparação e realização do VII Congresso Ordinário do MPLA.

 

Cooperação com a China

O vice-presidente do MPLA falou dos esforços do Executivo para a diversificação da economia e o bem-estar da população. “O partido e o seu líder, José Eduardo dos Santos, face à situação económica, social e financeira do país, têm desenvolvido acções para a busca de apoios a nível internacional, com vista o reforço da luta contra a fome e a pobreza”.


A China foi apontada como o país com maior expressão em termos de cooperação com Angola, desde a luta pela independência, através da formação dos guerrilheiros do MPLA, à reconstrução nacional, depois da conquista da paz, numa altura em que Angola não obteve o apoio da comunidade internacional para a realização da conferência de doadores. A cooperação com a China, explicou Roberto de Almeida, permitiu a construção das centralidades do Kilamba, Zango, Sequele e do Musseque Capari, em Luanda e noutras províncias, a reabilitação de muitos quilómetros de estradas, caminhos-de-ferro, aeroportos, pontes, hospitais, linhas de transmissão de energia e a construção de estabelecimentos de ensino. A cooperação possibilitou a inserção de mais de sete milhões de alunos no ensino primário e secundário e mais de 200 mil no ensino superior.


Actualmente, Angola e a China estão numa nova fase de cooperação, direccionada para a construção de infra-estruturas no país, para a agricultura e para a formação de recursos humanos. “Com a aposta forte na agricultura estamos em melhores condições de desenvolver a indústria alimentar e transformadora e de materializarmos o processo de diversificação da economia nacional para a criação de mais empregos e maior segurança em recursos financeiros, conforme o Programa do MPLA para o período 2012-2017”, acrescentou.


Para a concretização destas acções, o vice-presidente do MPLA disse ser fundamental que o país continue em paz, estável e que o povo angolano esteja cada vez mais unido na diversidade. “O povo angolano, e em particular a juventude, deve estar atento à propaganda dilatória, cujo propósito é desvirtuar o caminho do progresso e aspirar à conquista do poder político à margem da Constituição da República e das regras democráticas.”


O MPLA, garantiu, vai continuar a defender com firmeza a paz, a unidade nacional e a construção de uma sociedade de bem-estar, progresso social e harmonia. O vice-presidente do MPLA apelou ao patriotismo, ao respeito pelos cidadãos e países que pretendem de forma legal ajudar Angola a desenvolver-se, bem como à ética política e à responsabilidade social das formações políticas e organizações da sociedade civil. “É preciso combater as tentativas de xenofobia e estar vigilante contra as manobras de perturbação da construção da paz social”, sublinhou.


Além de milhares de militantes, o acto de apresentação pública da convocatória do VII Congresso Ordinário do MPLA foi presenciado pelo secretário-geral do partido, Julião Paulo “Dino Matrosse”, membros do bureau político e do comité central, pelo primeiro-secretário do MPLA de Luanda, Bento Bento, pelo governador provincial de Luanda, Graciano Domingos, deputados e autoridades tradicionais e religiosas.