Luanda – Está em marcha um projecto ambicioso que visa dar a conhecer nas Antilhas francesas a vida e obra dos heróis angolanos que se notabilizaram ao longo dos tempos.

Fonte: Club-k.net
O facto foi anunciado pelo jurista e jornalista, Luís Paulo, membro da Casa do Zouk, no término de um encontro mantido com Nina Gélabale, directora da Cultura e de Formação Artística de Guadalupe.

 

Segundo Luís Paulo, Angola é dos países que consome coisas boas produzidas nas Antilhas francesas, como é o caso da música. É agora chegado o momento de, nós, os angolanos, respondermos com o princípio da reciprocidade, que se traduz na divulgação nas Antilhas e na França da nossa história, bem como os grandes feitos dos nossos heróis que se notabilizaram em prol da luta de libertação e da independência nacional.

 

"Deixamos em Guadalupe boas referências de músicos angolanos e não só, como Eduardo Paím, Filipe Mukenga, Bonga, Elias Diakimuezo, mas também falamos de José Sayovo, Simão Gonçalves Toko, entre outras figuras públicas que ajudam a fazer a história recente do nosso país", comentou Luís Paulo.

 

O jurista afirmou que existe uma publicação de prestígio que pode servir de pontapé de partida, a Revista In Memoriam, na qual podemos encontrar o perfil de Agostinho Neto, Njinga Mbandi, Mandume, Hoji-ya-Henda, Mambo Café, entre outros heróis angolanos cuja obra pode ser difundida nas Antilhas e noutras partes do mundo.

 

Angola e França têm laços fortes de cooperação política e económica. Esta amizade foi ainda mais elevada e demonstrada nas visitas, a ambos os países, dos respectivos Chefes de Estado, nomeadamente José Eduardo dos Santos e François Hollande.

 

Esta amizade pode ser ainda aprofundada no domínio histórico e cultural. Podemos aqui incluir Guadalupe, Martinica, Guiana Francesa e até mesmo o Haiti", como parte deste processo, e por serem a continuação de África no outro lado do oceano.