Lisboa – José Eduardo dos Santos revela-se decidido em licenciar à reforma, o general Antônio José Maria, 72 anos de idade, que há vários anos lidera o Serviço de Inteligência e Segurança Militar (SISM) das Forças Armadas Angolanas (FAA).

 Fonte: Club-k.net

Casa Militar tentou alterar a lista das reformas

Há poucos meses, o Presidente JES solicitou ao EMGFAA, do general Geraldo Sachipendo Nunda uma lista dos nomes dos oficiais generais que deveriam passar a reforma por limite de idade. Porém, semanas antes de ter viajado para o exterior do país, a Casa de Segurança da PR, recebeu do Chefe de EMGFAA, general Geraldo Sachipendo Nunda a solicitada lista contendo os nomes dos generais (incluído o do general Zé Maria) que seriam afastado e mandados a reforma, por limite de idade.

 

Segundo constatações, quando a lista foi parar ao gabinete do Presidente da República, o estadista teria notado a ausência do general José Maria. Contudo, o Chefe de Estado, sem dar a conhecer aos responsáveis da Casa Militar, solicitou esclarecimento ao general Geraldo Nunda, e este notou que a lista que (foi inicialmente submetida a Casa de Segurança) teria sofrido alterações consubstanciada no “desaparecimento” do nome do Chefe da Secreta Militar e a inclusão do nome do tenente-general na reserva,  Fernando Garcia Miala.

 

Em reação, o Presidente Eduardo dos Santos reiterou que o general José Maria mais outros quatros oficiais generais, de idade avançada, iriam fazer parte da lista como os seus   escolhidos para serem despachados a reforma, num processo a ter lugar no próximo mês de Agosto. Por outro lado, retirou da lista “alterada pela Casa Militar” o nome do tenente-general Miala por não estar ainda na idade de passar a reforma.

 

No seguimento das referidas démarches, foram identificadas manifestações de indisponibilidade do general Zé Maria em passar a reforma sob alegação de que precisaria ainda de algum tempo para concluir um relatório a cerca de um suposto “golpe de Estado”, que um grupo de jovens estaria a preparar contra o Comandante-Em-Chefe das Forças Armadas Angolanas.

 

A necessidade de ter mais algum tempo no activo, é também associada a um negocio de exploração de madeira em Cabinda que o tem como o principal entusiasta.

 

Em meios militares, aguarda-se contudo, o desfecho deste assunto, se o general José Maria fica por mais alguns anos para concluir o seu relatório sobre “golpe de Estado”, ou se JES mande para casa um dos generais que mais o defende nos momentos sensíveis, como no “caso Miala” e na luta de apresenta-lo como o derrubador do regime do Apartheid por via da Batalha do Cuito Cuanavale.