Luanda - A filosofia, a sociologia e principalmente a história, chamam a urgência dos seus homens em Angola. Assim, devemos em defesa dos valores que acreditamos e, se realmente acreditamos, ignorar os computadores e os delírios dos artigos políticos de um sem-número de desfile retórico, para oferecermos todos, o conhecimento individual de cada um, mas de forma intregada, ás ruas e contra o opressor.

Fonte: Club-k.net

Os articulistas não têm qualquer dúvida que, o nosso povo paira no vazio silogista do não saber ler, não gostar de ler e, ler sem saber interpretar. Logicamente, não faria qualquer sentido, nos darmos ao luxo, de electrizarmos com letras e de forma limitada as nossas acções. Liberdade já, é justamente, “todos” nas ruas JÁ, não outra coisa, como prefiro acreditar. Para tal, a filosofia exige que se ignore a ideia opressora de Manifestação pacífica. Angola precisa de manifestação apenas! Ela em si se define! qualquer outro acessório sobre á mesma, é uma mera adulteração e descaracterização da sua essência. Isto é, manifestação é manifestação. Se você não tem água em casa, tem uma pauta e uma forma própria de se manifestar. De igual modo, se lho restringirem os subsídios de trabalhador, tem outra pauta e outra forma de se manifestar. Quando diante do exorcismo alguém se manifesta, apenas se manifesta! Mas mais do que as três perspectivas apresentadas, se você é violentado gratuitamente, tem uma quarta pauta e uma quarta forma de manifestar que, ignora necessariamente os termos com que se exige os homens de Angola saírem ás ruas, como sendo, uma manifestação pacífica. O quarto elemento é o núcleo do conflito e da nossa atenção que, merece uma filosofia específica e ajustada.

 

O que se tem visto em Angola, é tão somente, um insulto ao espírito nacional que nem pacificamente consegue se pronunciar. Para dizer que, em Angola inexiste de facto uma constituição e, assim um governo com as suas características originárias. Logo, qualquer acusação de tal existência será algo próximo á uma verosimilhança. Todavia, devemos de forma lógica depreender que, tal insulto visa, tirar do sério os citadinos de Angola, por forma a justificar a violência do poder e, se possível mais assassinatos, em última linha, mais matanças, quando os citadinos se mostrarem intolerantes á repressão.

 

A retórica agora será, os jovens afrontaram violentamente as autoridades e a medida cautelar foi revidar contra os mesmos, o que culminou em mortes e mais mortes.

 

Agora, estou preparado para acreditar que, as autoridades angolanas, buscam instigar a violência pela violência, para no campo da força onde se mostram mais capazes, dominarem o jogo do antidemocratismo, mas de humanidade eloquente para os citadinos, pois que, violência gera violência. Soltar cães ao ataque e distribuir puretadas para senhoras indefesas, mães, irmãs e mulheres, jovens, enfim, como reiteradas vezes acontece que, antes de tudo já se lhes prenderam os filhos nos termos apresentados, talvez não esteja sequer, previsto no raciocínio dos legisladores da declaração dos direitos do homem. Angola foi de facto, reduzida a filha célebre da mãe África no que respeita a violação e o atropelamento da ordem constitucional pelas próprias autoridades, com celebridades no mundo do crime para o efeito.

 

O angolano, deve pois, sair ás ruas desprovido do princípio da pacificidade para manifestar, mas antes exigindo os seus direitos sem a violência gratuita. Os articulistas e afins, todos os que defendem as causas aspiradas pelo povo, devem sim, migrar o pensamento para o comportamento, por forma a aproximar o casamento entre a teoria e a PRÁTICA, como medida de contornar o quadro ora apresentado, pois não haverá boa fé, para a mudança e transformação do paradigma sem o mesmo. Temos todos uma história comum de violência grátis contra os opositores que, diferentemente de aniquilar e arrefecer o temperamento da Nação, deva servirmos de factor motivacional para juntos lutarmos pela defesa dos direitos do humano angolano que mais se assemelha na nossa época, a um mamífero irracional.

Mário Lunga