Luanda - Angola já não foi a tempo de conseguir, nos últimos 10 minutos, virar a larga desvantagem conseguida pela Nigéria nos segundo e terceiro período do jogo e a equipa sentiu isso. Não trouxe novos argumentos que indiciassem que tal poderia acontecer.

Fonte: O País

Os nigerianos continuaram a ganhar nas alturas e a Selecção Nacional não encontrou antídoto, em termos de acerto das posições e da mobilidade que emprestou ao seu jogo, para a superioridade nigeriana nas tabelas.

 

A equipa da Nigéria, com uma altura média superior 4 centímetros à angolana, ganhou claramente nos ressaltos e isso decidiu o jogo.

 

E nem na meia distância nem na linha de lance livre a equipa nacional conseguiu a eficácia que lhe permitisse equilibrar o marcador, concretizando apenas, e isso dá um espelho do jogo, cerca de metade dos lances livres de que beneficiou.

 

A meia distância também não entrou e, com excepção de rasgos individuais, com destaque para Bráulio, a Selecção Nacional raramente suplantou os gigantes nigerianos.

 

Angola até partiu à frente na grande final do Afrobasket 2015, adiantando-se à Nigéria mas, a meio da primeira parte, o jogo começou a tornar-se muito quezilento e Angola cedo chegou à quinta falta. Os seleccionados nacionais também passaram a falhar as marcações, não conseguindo encontrar soluções ofensivas.

 

Na defesa, foi deixando os nigerianos converter e estes, não só conseguiram virar o marcador como foram, a pouco e pouco, avolumando a sua vantagem. Se no primeiro período Angola se havia adiantado por 13-10, no segundo período da primeira parte marcou apenas 11 pontos e a Nigéria 27. O terceiro período não foi melhor: Angola conseguia apenas marcar 12 pontos e via complicar-se cada vez mais a sua missão face à Nigéria, que avançava para o primeiro título da sua história.

 

Para chegar à final da competição, Angola e Nigéria derrotaram, respectivamente, Tunísia e Senegal nas semifinais que foram disputadas na cidade de Rades, na Tunísia.

 

A primeira semifinal foi entre Nigéria e Senegal. Numa partida extremamente equilibrada e decidida apenas no prolongamento, a Nigéria, sem o pivô campeão da NBA, Festus Ezeli, derrotou o Senegal por 88-79 (76-76 no tempo normal). O armador Chamberlain Oguchi, da Nigéria, foi o nome do jogo com 28 pontos.

 

Angola derrotou na noite de Sábado a Tunísia, num jogo de nervos, em que montou um verdadeiro ‘colete de forças’ aos tunisinos. Muito disciplinada tacticamente, Angola impôs o seu homem a homem, e acabou por vergar naturalmente o cinco da Tunísia por 58-51.

 

A Nigéria, com esta vitória no AfroBasket/2015 está automaticamente classificado para os Jogos Olímpicos de 2016 na cidade do Rio de Janeiro.

 

Até o momento já se classificaram três países para os Jogos Olímpicos de 2016: Estados Unidos (campeão mundial de 2014), Brasil (país sede) e Austrália (campeã da Oceânia).