Luanda - Não precisamos ser tão especialistas em matéria de comunicação social para percebermos as astutas intenções e sistemáticas insinuações protagonizadas pela Televisão Pública de Angola durante a transmissão dos seus serviços noticiosos.

Fonte: Club-k.net

Só precisamos deixar a nossa razão impor-se ante as nossas convicções para nos entristecermos ou sentirmo-nos ofendidos e desrespeitados pela má qualidade do miserável teatro montado pelo órgão oficial de comunicação social do país.

Decerto que tal como eu, muitas vezes o caro leitor ou amigo sentiu-se arrepiado, perplexo, decepcionado e até mesmo com os nervos à flor da pele por na tentativa de ver o seu direito à informação preservada merecer um "circo de manipulação", ou seja, sentir que alguém está fazer-lhe de parvo ou palhaço com a palhaçada mais pobre e mais sem graça.

Para aqueles que têm sido saudosistas ou patriotas em prestar um pouco da sua atenção aos serviços oferecidos pela TPA acredito que já sentiram esta insatisfação.


Recebemos da TPA um produto sobre o qual os nossos direitos de consumidor são subtilmente lesados por profissionais que preterem a responsabilidade social por um excesso de zelo e submissão a caprichos e condicionalismos que os permitirão serem sempre tidos e achados pelos editores carrascos e assoberbados pelo desejo desmedido pelos bens matérias.

A TPA é dos meios de comunicação social que mais desrespeita o direito a uma informação imparcial, rigorosa, objetiva e acima de tudo com o princípio do contraditório, ou seja, uma informação onde todas as fontes ou protagonistas dos acontecimentos são congregados, ouvidos e valorizados.


As matérias de encomenda são matérias ou conteúdos informativos cujas motivações são pouco ou nada transparentes denotando estranhos laços de cumplicidade entre um órgão de informação e um certo grupo social ou formação partidária.

As “matérias de encomenda” tiveram o seu início nos órgãos estatais e hoje se observam algumas tentativas nos demais órgãos privados.

As “matérias de encomenda” são orquestradas ou produzidas com o objetivo de desviar as atenções da Opinião Pública ou apresentar uma versão conveniente sobre uma inquietação ou desinformação. Estas matérias visam beneficiar quem a encomenda e descuram deliberadamente os aspectos negativos e, até, o interesse público.

As manipulações jornalísticas constituem-se no manejo ou manuseio intencional do conteúdo informativo através de técnicas jornalísticas próprias para possibilitar a interpretação que convém ao órgão ou a formação partidária predominante.
As manipulações jornalísticas pressupõem a omissão e a ocultação de alguns pormenores da notícia e de fontes com informações pontuais e cruciais para tornarem a informação credível, veraz e imparcial.

Grande parte das informações veiculadas pela TPA revela uma pratica constante ou "modus faciendi" das manipulações jornalísticas e “matérias de encomenda” e ela dispõe de um grupo de comentadores ou analistas bem dispostos para satisfazer tal desiderato.

Por exemplo, no dia 31 de Agosto, a TPA fez o que é atípico no âmbito da deontologia profissional do jornalismo e das Teorias que orientam a atividade jornalística. Começar o Telejornal com uma informação que só é manchete nos EUA.


A TPA ofereceu um protagonismo a uma matéria que interessa mais os norte americanos do que os angolanos... Pura manipulação...

Manipulação barata...
Pura “Matéria de encomenda”...

Tudo ficou esclarecido quando o pivot Mário Vaz ao entrevistar Luvualo de Carvalho questionou o paralelismo entre o que estava acontecer nos EUA com o que está acontecer em Angola.

Estava demorar..!

O mais triste é saber que aqueles que não dispõem de um pouco mais de condições financeiras para pagar os serviços de TV por satélite têm de conformar-se com a TPA. Até a TV Zimbo já temos de pagar para ter acesso a ela.

Outrossim, toda está orquestra acontece sob olhar impávido e sereno do Conselho Nacional da Comunicação Social (CNCS).