Lisboa - José Eduardo dos Santos (JES) obrigou a cerca de três mês, o Presidente do Conselho de Administração da Empresa Nacional de Diamantes (Endiama E.P), António Carlos Sumbula a repor aos cofres de Estado cerca de 40 milhões de dólares que terão sido cabimentos na construção de um empreendimento (Hotel Diamante), avaliado em cerca de 88 milhões de dólares americanos.

 Fonte: Club-k.net

O edifício do Hotel Diamante, situado ao lado do Ministério do Comércio junto ao largo 4 de Fevereiro, foi reiniciado em termos de construção no ano de 2006, a partir de uma estrutura de betão armado já existente. O edifício, implantado num lote de 5.500 m2, conta com 26 suites, uma das quais presidencial e outra ministerial, restaurantes, bares, salas privadas, ginásio, salão de beleza, piscina, entre outros atractivos.

 

Logo apos a sua inauguração em Fevereiro do corrente ano, chegou ao Presidente da República, informações pondo em causa os custos da sua construção. Os informadores de JES, apresentaram cálculos justificando que a referida obra poderia ter custado metade dos cerca 88 milhões de dólares.

 

Para aclarar a sua duvida, o Presidente da República orientou que se convocasse o PCA da Endiama, António Carlos Sumbula para confrontação do que lhe tinha apresentado como cálculos. Logo a seguir, o gestor público que se encontrava em trabalho no Japão recebeu o telefonema de um mandatário presidencial comunicando que teria de regressar urgentemente ao país a mando do PR, que o queria ver.

 

Posto em Luanda, António Carlos Sumbula foi confrontado com os cálculos sobre o orçamento da construção do hotel tendo lhe sido transmitido que teria de repor    40 milhões aos cofres de Estado que se julga não terem sido usados na obra em causa. No seguimento das pressões para a restituição dos funções, o PCA da Endiama terá se sentido mal resultando no seu evacuamento para África do Sul.

Pesquisas revelam que hotel Diamante foi o mais caro dos aprovados por JES

De acordo com uma pesquisa, o hotel diamante, da estatal Endiama terá sido o que mais se gastou para a sua reabilitação dentre os investimentos hoteleiros aprovados por José Eduardo dos Santos nos últimos dois anos. Os restantes terão custado entre 16 a 26 milhões de dólares.

A saber:

Reabilitação e Construção do Hotel de Benguela pela Emoresa China National Electronics Import & Export Corporation (CEIEC), - Valor da obra:  USD 24.001.435,00

 

Projecto de Investimento Privado denominado «Hotel Terminus N’Dalatando» - Valor da obra: USD 16.700.089

 

Reabilitação do «Hotel Trópico, S.A.», - Valor da obra: USD 25.834.000,00,

 

Projecto de Investimento Privado denominado «Hotel Ekuikui I do Huambo, Lda» - Valor da obra:  USD 17.176.400,00,

 

Reabilitação e Construção do Hotel de Namibe pela empresa China National Machinery Industry Complete Engineering Corporation (CEC) - valor: USD 24.108.650,62

 

Reabilitação e Construção do Hotel de Luanda pela empresa China National Electronics Import & Export Corporation (CEIEC) - Valor: USD 23.729.363,00

 

Reabilitação e Construção do Hotel da Huíla pela empresa China National Machinery Industry Complete Engineering Corporation (CEC). Valor: USD 24.108.650,62

 

Reabilitação e Construção do Hotel de Cabinda pela empresa China Jiangsu Internacional Economic Techinical Cooperation Corporation. Valor: 26.804.545,00