Luanda - A activista Laurinda Gouveia foi impedida de sair de Angola nesta sexta-feira, 18, quando tentava viajar para Maputo.

*Coque Mukuta
Fonte: VOA

Depois de ter feito o check-in no Aeroporto 4 de Fevereiro, ela foi retida pelo Serviço de Migração e Fronteiras, bem como o seu passaporte.

“O funcionário fez várias perguntas como ´para onde vais´, ´vais fazer o quê´, ´tens filho`, és casada´, e depois levou-me para uma sala”, disse Gouveia à VOA a partir do aeroporto.

Uma hora depois, o mesmo funcionário informou à activista e estudante que estava impedida de viajar por decisão do Ministério do Interior.

A activista ia a Maputo participar numa conferência sobre direitos humanos.


Laurinda Gouveia foi indiciada juntamente com o grupo dos 15 pelo Serviço de Investigação Criminal por, alegadamente, estar a preparar um golpe de Estado.

Além dos 15 activistas do autodenominado Movimento Revolucionário, Gouveia foi indiciada juntamente com outra activista, Rosa Conde.

Recorde-se que a 23 de Novembro do ano passado, Laurinda Gouveia foi presa e torturada pela Polícia Nacional quando filmava jovens que se manifestavam no largo Primeiro de Maio contra o Presidente da República.

Ela foi fortemente agredida pela polícia e apresentou queixa contra o comandante da corporação.