Lisboa - Notada na conduta pessoal e institucional de Aldemiro Justino de Aguiar Vaz da Conceição, Director do Gabinete de Quadros dos Órgãos Auxiliares do Presidente da República, uma atitude de total distanciamento em relação a Antônio José Ribeiro, Director-Geral do Jornal de Angola. Este agora é assegurado pelo chefe dos Serviços de Inteligência e   Segurança Militar (SISM), general Antônio José Maria.

Fonte: Club-k.net

Desde que regressou do estrangeiro onde trabalhou como adido de informação, o jornalista José Ribeiro beneficiou da reputação de gozar da proteção da cidade alta, na pessoa de Aldemiro da Conceição e de partilharem cumplicidades no negócio de compras de rotativas para o Jornal de Angola.

 

De acordo com consultas, até ao momento, órgãos fiscalizadores do regime (MPLA, GRECIMA e Ministério) tem dificuldades em interagir com José Ribeiro por se julgar que tem a proteção do palácio presidencial (Aldemiro Vaz da Conceição). O GRECIMA, por exemplo teve dificuldade em chama-lo atenção quando recentemente retomou uma matéria da VOA, sobre o livro do antigo diplomata americano Herman Cohen que apresentava o Presidente José Eduardo dos Santos como alguém com poderes de alterar resultados das eleições em Angola.

 

Outra evidencia aconteceu no inicio do ano quando o Ministério da Comunicação social receou avançar com uma medida de exoneração de Ribeiro, nos termos dos quais seria indicado para o seu lugar um outro quadro da Comunicação Social, Albino Carlos.

 

Nos termos da exoneração, estava previsto que José Ribeiro, seria despachado para Portugal para representar interesses do regime junto a Global Media, detentora do Diário de Noticias, Jornal de Noticias e TSF, órgãos de comunicação comprados em nome do empresário Antônio Mesquito.

 

A pretensão de afastamento de José Ribeiro é remetida a sua conduta aliada a desconsideração ao Ministro do sector José Luís de Matos. Dos diretores de órgãos (de CS) públicos, foi o único que recusou participar na 10º Conselho Consultivo do Ministério da Comunicação Social, realizada em Agosto passado em Luanda, alegando esgotamento devido ao fecho do jornal, tarefa que tinha atribuído ao seu assessor português Artur Queiroz.