Luanda - O director-adjunto da Penitenciária de São Paulo, em Luanda, é acusado de orientar o espancamento do activista Benedito Jeremias, detido naquele estabelecimento prisional, sobe acusação de planificarem actos preparatórios para o cometimento do crime de rebelião e atentado contra o Presidente da República e outros membros do Governo. A denúncia foi feita pela esposa Henriqueta Diego.

*Coque Mukuta
Fonte: VOA

O activista Benedito Jeremias tem feridas no corpo e graves inflamações devido a agressões que recebeu na prisão.

Tudo começou quando os seis activistas detidos na Penitenciária de São Paulo decidiram protestar contra a situação em que se encontra o seu companheiro Luaty Beirão, na altura na prisão de Calombola.

Protestaram também pelas condições em que se encontram detidos.

Henriqueta Diogo, esposa de Benedito Jeremias, que o visitou neste domingo, confirma o espancamento e acusa o director-adjunto, Aldivino Oliveira.

“Ele nem consegue colocar o pé no chão”, disse Henriqueta Diogo, que apelou à soltura dos detidos.

Ela afirmou que o espancamento deve-se à influência que o director-adjunto da cadeia de São Paulo, Aldivino Oliveira tem junto do ministro do Interior Ângelo de Barros Veiga Tavares

“O que o mandou espancar foi o director adjunto da cadeia que é sobrinho do ministro do Interior”, acusou.

A VOA contactou Menezes Cassoma, director nacional adjunto dos Serviços Prisionais que prometeu pronunciar-se a qualquer altura.

Entretanto, fontes seguras adiantam que as autoridades angolanas querem também condenar Henrique Luaty da Silva Beirão, de três crimes de falsificação de documentos, Manuel Chindove Baptista Nito Alves, de mudança ilegal de nome e o Tenente Osvaldo Sergio Correia Caholo, de crime de furto de documentos.

Refira-se que acontece nesta segunda-feira mais uma vigília na Igreja Sagrada Família em solidariedade a Luaty Beirão e Nélson Dibango, enquanto nesta tarde deve estar a realizar-se uma missa de acção de graça na Igreja de São Domingos, também em Luanda