Lisboa - Altos funcionários da Presidência da República de Angola promovem em meios competentes a idéia de que José Eduardo dos Santos (JES), não liberta os jovens activitas acusados de “golpe de Estado” por alegado respeito a independência dos órgãos judiciais, em funcionamento no país.

Fonte: Club-k.net

Alegam que PR não pode interferir nos órgãos de justiça por respeito a constituição  

No sentido de expandir a referida tese, os principais órgãos de comunicação social do governo (TPA e RNA) foram orientados para realizar - com caracter “urgente” - uma auscultação ou debate informativo (gravado) destinado a analisar o recente apelo da ONU, ao Chefe de Estado, em torno da libertação dos jovens.

 

Uma responsável da TPA, Maria de Lourdes   recebeu “orientações superiores” no sentido de montar uma matéria na qual serão ouvidos  especialistas nacionais do direito, com questões primordiais se JES deve ou não “interferir no sistema judicial” para libertar Luaty Beirão e seus companheiros.

 

De acordo com esclarecimento, o trabalho jornalístico deverá passar apenas posição de especialistas com visão de que o PR não pode soltar os jovens por alegados imperativos constitucionais.

 

Desde há duas semanas, o Presidente José Eduardo dos Santos tem sido pressionado pela Comunidade Internacional para libertar os jovens. Ao nível domestico vários cidadãos nacionais tem escrito cartas abertas solicitando a sua intervenção. As autoridades angolanas revelam-se incomodadas de que a pressão em torno de JES venham por  em causa as suas credenciais de “pessoa sensível” ou que venha ser popularmente apontado como culpado pelo agravamento da saúde de Luaty Beirão e seus companheiros.

 

O referido trabalho (da TPA e RNA) tem como fito criar um Estado de opinião no sentido de incutir na mente do povo que, por  respeito a constituição, o Chefe de Estado  não pode interferir nos órgãos de justiça, razão pela qual mantem-se intacto a  pressão da ONU que pediu ao governo angolano que descarte todas as acusações contra os activistas detidos desde 20 de Junho e os ponha imediatamente em liberdade.