Luanda  - Indisponibilidade momentânea foi o motivo justificado da ausência do Senhor Presidente Eduardo dos Santos na abertura do presente ano legislativo. Ora, se indisponibilidade momentânea for entendida como “nova doença”, acreditamos que seja, almejamos rápidas melhoras.

Fonte: Club-k.net

Porém, o termo em si é motivo de múltiplas interpretações até das mais absurdas possíveis. Lamentavelmente, mais uma vez a comunicação institucional voltou a falhar e quase levou a “boa imprensa” ao reboque. Pois, que, depois de terem comunicado a falta do Chefe, se estivéssemos num “país sério”, os altos responsáveis da hierarquia estatal e uma equipa médica dariam uma conferência de imprensa no mesmo dia e posteriormente apresentariam boletins diários de saúde. E os jornalistas comprometidos com a verdade montariam na Cidade Alta um pelotão para informar e tranquilizar o “povo especial”. Logo, seriam métodos proactivos, evitariam especulações e aproveitamento de qualquer índole. E, assim ajudariam a combater o vício de reagir com desmentidos invés de agir.


Sem algum exagero meio país terá acreditado na informação, há pessoas que sofreram e sentiram o coração na mão quando anunciaram que o Chefe não falaria, perderam momentaneamente a respiração. Porque quer gostemos ou não, quer seja legítimo ou não, o Senhor Presidente é o “presidente de todos os angolanos”.


Por isso, o direito a informação sobre o seu estado de saúde é constitucional e de interesse público. Portanto, pedimos aos informadores institucionais que o façam sempre com rigor, objectividade, imparcialidade e sobretudo pontualidade. Continuará a ser tabu? até quando?!

Economicamente falando é (era) urgente apontar os verdadeiros e crónicos erros cometidos pela governação relativamente, ao novo lema de governação “diversificação da economia doméstica”, pois, já na crise de 2009, traçaram-se ou pelo menos propagaram-se a onda de diversificar, parece que nada se fez. A agricultura é enteado maltratado pelo OGE e os “grandes fazendeiros” usam a terra para turismo e entretenimento. Não obstante algumas raras excepções.

Por outro lado, devíamos ressuscitar definitivamente e quiçá voltaria mais feroz a defunta “espécie de tolerância zero” a fim de banir o saque e o desrespeito do erário pública. E, punir severamente os infractores sem interferências de outros poderes, classes ou grupos.

Há também uma carga excessiva de ministérios, cargos e funções, até criam-se “departamentos ministeriais” para acomodar nomes. Devemos reduzir. E outras medidas preventivas de contenção, quiça educação financeira a partir do ensino primário. A “crise” é uma consequência não uma causa.

Quantos aos direitos fundamentais são claros que neste assunto devíamos fazer uma auto-crítica, sermos honestos, pois não estamos muito bem. Apesar de alguns avanços louváveis. Repudiar energicamente, detenções arbitrárias, prender para investigar, direito a informação e liberdade de expressão … ou seja todos os actos que ainda mancham “os direitos” e são visíveis todos os dias. E garantir acções concretas para resolução destes problemas.

Quanto a “anedota” de forças externas, desestabilização do país, o discurso de retorno à guerra começa a cair voluntariamente em desuso. É “quase impossível” voltarmos ao fogo ardente, não só, por estabilidade económica e financeira das grandes potenciais mundiais a beldade Angola, como também, políticos internos quer no poder que na ou dá oposição, governantes e alguns cidadãos privilegiados os seus interesses são intocáveis.

Portanto, são alguns aspectos que deviam constar na leitura à nação.
Domingos Chipilica Eduardo