Luanda - Mil e duzentos e quatro médicos angolano e mais de mil cooperantes existem actualmente no Sistema Nacional de Saúde (SNS), informou quarta-feira, em Luanda, o ministro da Saúde, José Vieira Dias Van-Dúnem.

Fonte: Angop

O ministro falava durante a abertura do terceiro congresso de Ciências da Saúde da Clínica Multiperfil, que decorre sob lema”Mais qualificação e formação especializada”.

De acordo com a fonte, em 1978 o SNS contava com apenas 139 médicos e três mil trezentos e setenta e um enfermeiros, técnicos e parteiras, números que cresceram com o alcance da paz no país.


Acrescentou que actualmente o país conta com 33.105 enfermeiros e 6.253 técnicos de diagnóstico e terapêutica.

“Partimos de uma realidade em que a assimetria era gigantesca. O acesso era de quem podia e não de quem necessitava. Herdamos um serviço virado para prestar cuidados a uma minoria de cerca de 500 mil habitantes, gerando problemas ligados à escassez de infra-estruturas, de recursos humanos e até de organização”, salientou.

Em 1978 o SNS contava com 8 centros hospitalares em Luanda, 16 hospitais provinciais, 32 municipais, 100 centros de saúde com camas, 64 sem camas, 100 postos de saúde, a paz, a partir de 2002 permitiu finalmente investir em infra-estruturas sanitárias.


José Van-Dúnem referiu que actualmente o sistema conta com 10 hospitais centrais, 27 hospitais provinciais, 153 municipais, 382 centros de saúde, 49 centros materno infantil e 1544 postos de saúde.


De acordo com o titular da pasta da saúde, a paz permitiu de facto que o país iniciasse o processo que sempre almejou, o de garantir o acesso universal a serviços de saúde nos três níveis de actuação, o mais próximo possível da população.

Ministro da Saúde ressalta feitos ao longo dos 40 anos de independência

O ministro da Saúde, José Van-Dúnem, ressalvou os feitos alcançados a nível do sector que dirige ao longo dos 40 anos de independência nacional, a assinalar-se a 11 de Novembro.


O ministro, que falava no final do III Congresso de Ciências de Saúde, reconheceu que a saúde não é ainda o que todos desejariam, mas também não é nada que era no passado, frisou, apontando o baixo índice de mortalidade infantil e no geral como exemplo.

Referiu-se ainda sobre o aumento das taxas de cobertura vacinal e a consciência das pessoas com relação aos problemas ligados à saúde e à inclusão da problemática da saúde na agenda nacional.

Em qualquer canto do país, disse, “todos falam da saúde e dos seus problemas e há expectativas cada vez maiores com relação ao que deverá ser a saúde em cada município, ou província, o que é um estado diferente do que era há alguns anos.”

“É só ver o número de profissionais de saúde aquando da independência, entre médicos, enfermeiros e técnicos de diagnósticos que existiam há dez anos” frisou, fazendo comparação com o número de especialistas que terminam a faculdade actualmente.

Questionou igualmente o nível de equipamento existente nas unidades hospitalares, não só em Luanda, mas nas regiões de Huila, Benguela, Malanje, Huambo, Cabinda, Moxico, o hospital em conclusão em Menongue, que demonstra um esforço generalizado a favor da independência.