Lisboa - O Ministério Público português começou a julgar, nesta quinta-feira, em Lisboa, o cidadão holandês, nascido em Angola, que em Julho do ano passado tentou invadir um avião da transportadora aérea nacional "TAAG", no Aeroporto de Portela, na capital lusa.

Fonte: Angop

Identificado por Gima Her Calunga, 29 anos, de nacionalidade holandesa, mas nascido no Dundo (província da Lunda Norte), de onde saiu com 16 anos, está a ser julgado no Campus da Justiça, acusado de terrorismo depois da pronúncia do Tribunal de Instrução Criminal de Lisboa.

Gima Calunga é acusado de adesão e apoio a organizações terroristas e terrorismo internacional, atentado à segurança de transporte por ar com vista ao terrorismo, posse de arma branca e introdução em lugar vedado ao público.

Consta dos autos que Gima Her Calunha tinha uma faca com 21 centímetros na mão quando foi detido junto de um avião da TAAG, a 3 de Julho de 2014, tendo, no primeiro interrogatório, confessado ter estado duas semanas na Síria em campos de treino da Al-Qaeda e do autodenominado Estado Islâmico (Daesh), no início de 2014, onde recebeu treino militar e aceitou a missão terrorista no Aeroporto de Lisboa, por indicação dos mencionados grupos.

O despacho de pronúncia revelava ainda que na noite de 3 de Julho de 2014 Gima Her Calunga dirigiu-se para junto da aeronave com o objectivo de sabotar o avião, provocando danos com a faca nos pneus, sistema de travagem ou sistema eléctrico da aeronave, de forma a provocar falhas no seu funcionamento.

Em fase de julgamento, a delegação da TAAG em Portugal, segundo fonte contactada pela Angop, remete para o poder judicial “a confirmação das acusações e o esclarecimento das reais motivações da prática do acto” por Gima Calunga.