Luanda - Assiste-se a uma corrida frenética aos congressos dos partidos políticos angolanos. A UNITA - União Nacional para a Independência Total de Angola - o maior partido na oposição, prevê realizar o seu congresso na primeira quinzena de Dezembro de 2015, em Luanda.

 Fonte: Club-k.net

Três candidatos concorrem a presidente da referida formação política, nomeadamente Isaías Henriques Ngolo Samakuva, Paulo Lukamba Gato e Abílio Kamalata Numa.

 

Samakuva é o actual presidente da UNITA e concorre pelo quarto mandato. Gato foi o ultimo Secretário-geral (SG) do líder-fundador deste partido, Jonas Malheiro Savimbi, falecido em combate a 22 de Abril de 2002 em Lukuse, Moxico, candidata-se pela segunda vez para este cargo. Numa, um General conhecido e antigo SG de Samakuva, candidata-se pela primeira vez ao cadeirão máximo do Galo negro.

 

A outra formação política que anunciou a realização do seu Congresso e a CASA-CE - Convenção Ampla de Salvação de Angola-Coligação Eleitoral.

 

O Congresso da CASA-CE esta agendada para o primeiro trimestre do próximo ano de 2016 durante o qual esta coligação eleitoral poderá transformar-se em Partido Político.

 

Atualmente a coligação é liderada pelo jovem e carismático politico Abel Epalanga Chivukuvuku.

 

Ainda não apresentou os candidatos a presidente do futuro Partido - que segundo o CDN (Conselho Deliberativo Nacional) chamar-se-a simplesmente por CASA.

 

Os potenciais candidatos poderão surgir entre Chivukuvuku, os quatro Vice-presidentes e o Presidente da sua Bancada Parlamentar, Mendes de Carvalho "Miau", um influente Almirante da Marinha de Guerra de Angola, assim como William Tonet, um famoso jornalista angolano.

 

As outras formações políticas não anunciaram ainda as datas da realização dos seus congressos, nomeadamente a FNLA (Frente Nacional de Libertação de Angola), o PRS (Partido de Renovação Social), entre outros.

 

Mas como a futura encenação eleitoral esta prevista para 2017, todos os partidos políticos concorrentes devem organizar os seus congressos em 2016.

 

O Maestro desta farsa eleitoral, o MPLA - o jogador e arbitro simultaneamente - já anunciou o seu Congresso para o primeiro trimestre de 2016.

 

Para as forças políticas da oposição, o que deveria interessar, não é quem vence entre os candidatos para a liderança do Partido.

 

O mais importante seria de encontrar quem e capaz de derrotar o candidato do MPLA, começando por desmontar a sua poderosa maquina de fraude eleitoral que é a falsa CNE - Comissão Nacional Eleitoral - e a Lei Eleitoral não consensual.

 

A actual CNE é uma mera célula do MPLA, um ninho de víbora, que cozinha e distribui a comida ao gosto do patrão.

 

Mesmo na distribuição de assentos na Assembléia Nacional, o MPLA reserva-se a maior parte (part de lion) atribuindo-se uma falsa Maioria absoluta, que lhe permite cagar e mijar sobre a Angola e os Angolanos, adulterando a Constituição e aprovando as leis a seu prazer.

 

Com esta fraude escandalosa, o MPLA, diante de uma oposição política amorfa, venal e quase inexistente, evita o susto das eleições gerais de 1992 quando este (MPLA) não conseguia adulterar a Constituição, mesmo comprando outros partidos representados no Parlamentos, sem os 70 deputados da UNITA.

 

Muitos vaticinam os priváveis vencedores nos congressos de partidos políticos, esquecendo que com a fraude espetacular o MPLA espera esmaga-los nas eleições gerais atípicas em que o cabeça de lista do Partido vencedor e eleito Presidente da Republica.

 

Na UNITA, o prognostico é  de que Samakuva vai derrotar os seus concorrentes, Gato e Numa.

 

Na CASA-CE, sejam quais forem os concorrentes, Chivukuvuku ganha folgadamente (haut les mains) as eleições.

 

Na FNLA, Ngonda ou Kabangu? No PRS, o Kwangana, etc.

O que adianta Samakuva, Chivukuvuku, Ngonda ou Kabangu e Kwangana derrotar os seus concorrentes dentro dos seus Partidos respectivos, e não conseguir vencer as eleições para o Presidente da Republica?

Na UNITA, Samakuva derrotara Gato e Numa, para ele (Samakuva) ser humilhado por José Eduardo dos Santos (JES) ou qualquer outro candidato do MPLA, nas eleições a Presidência da Republica.

O mesmo acontecera com Chivukuvuku ou outro candidato de um partido na oposição a Presidência de Angola.

O exemplo vem de Moçambique onde a maquiavélica FRELIMO no poder desde a independência deste pais, mesmo trocando de Presidentes, o líder da RENAMO (oposição), Afonso Dhlakama, e outros são sempre "derrotado?".

Continuar eternamente na oposição política sem conquistar o Poder, não vale e essas vitorias dentro dos Partidos políticos são inúteis.

Pois, os candidatos-Presidentes das formações política, tanto do Poder como da Oposição, usam os seus títulos e o capital de apoio conquistados como lideres ou mesmo deuses dentro dos seus partidos respectivos.

Fazem as suas campanhas eleitorais com todas as prerrogativas de lideres e com os meios dos seus Partidos/Governo, no caso do MPLA, são recebidos e acomodados com honras presidenciais, com guardas e cortejos, etc., em detrimento dos outros candidatos que devem contentar-se com os seus meios exíguos.

O que interessa aqui é  ganhar o poder político em Angola e não contentar-se com as migalhas de assentos no Parlamento.

Maquiavélico, o MPLA - na sua dita Lei eleitoral - impede as figuras independentes de se candidatarem em todas as eleições em Angola.

Os potenciais candidatos capazes de derrotar os do MPLA ficam fora da corrida.

Os verdadeiros e poderosos candidatos a deputados e a Presidente da Republica estão entre as figuras de proa da Sociedade civil genuína e entre os jovens revolucionários feitos verdadeiros heróis vivos e Mandela com a sua prisão arbitraria e outros ainda livres.

O MPLA conhece as fraquezas destes ditos Partidos políticos na oposição, que sao meros clubes de parentes e amigos, que se contentam com as migalhas de assentos na Assembléia Nacional (Parlamento) que lhes permitem ter uma vida de luxo.

O MPLA, ajudado pelos Partidos na oposição, evita as figuras independentes incontornáveis da praça política de Angola, para perpetuar o poder que usurpou em 1975, violando os acordos de Alvor.

Neste ritmo, o MPLA e JES poderão manter-se ilegitimamente no poder tantos anos que eles desejarem.

é com este estatuo quo que JES mantém-se no poder do MPLA e da Republica de Angola desde 1979, sem ser incomodado.