Luanda - A mais recente perda da rádio refere-se ao antigo chefe de informação da estação, Manuel Pedro Vieira, que era tido como um dos mais antigos. OPAÍS sabe que a falta de condições de trabalho, os consecutivos atrasos salariais são apontados como principal causa do abandono de profissionais. Outra questão igualmente levantada pela fonte como estando na base da fuga de quadros prende-se a uma alegada “má gestão”.

Fonte: O País

Entretanto, dos quadros que já deixaram a Ecclésia, em Luanda, pelas mesmas razões, destaque para João Pinto, Benedito Joaquim, Alexandre Cose, Franscisco Miguel, Arão Gaspar, Zenilda Volola, Walter Cristovão, dentre outros nomes. E as consequências não se resumem apenas na desistência dos profissionais.“Este período que estamos a atravessar está muito difícil. Estamos com sérias dificuldades de sustentar as nossas famílias”,-disse uma fonte daquela estação emissora.

O director da Rádio Ecclésia e também pároco católico não entrou em pormenores em relação às finanças por alegar que é uma área que não lhe diz respeito. Indepedentemente de os trabalhadores serem livres de manifestar o seu desagrado, Kandanje entende que não se trata da alegada má gestão, mas de um problema financeiro global que afecta várias instituições no país.

Sobre um suposto corte feito da parte do Governo na disponibilização de verbas mensais, como alegam os trabalhadores, Quintino Kandanje descartou tal possibilidade, tendo afirmado não conhecer o assunto em referência. “Eu não sei nada sobre isso. penso que os colegas da administração poderão dar uma explicação melhor”, esclareceu .

O director da Ecclésia finalizou tranquilizando os trabalhadores, assegurando ser um assunto que está a ser tratado com toda a importância de que ele se reveste para a empresa. A Rádio Ecclésia é das mais antigas a emitir no país, há mais de 50 anos.