Luanda - A empresária angolana Isabel dos Santos integra a lista dos 15 casos "mais simbólicos" da corrupção em todo o mundo que a organização não governamental Transparência Internacional colocou em votação.

Fonte: VOA

A lista está em votação de hoje, Dia Internacional Contra a Corrupção, a 9 de Fevereiro

O Banco Espírito Santo (BES), que também tem ligação a Angola, através do BES Angola, lidera a lista elaborada pela Transparência Internacional a partir de 383 candidaturas que chegaram àquela organização através dos seus parceiros em vários países.

Como critérios foram estabelecidos o uso da posição de último beneficiário em operações de offshore ou em participações de sociedades anónimas, abusos de direitos humanos e escala da corrupção envolvida.

A votação inicia-se nesta quarta-feira, 9 de Dezembro, Dia Internacional contra a Corrupção, e termina a 9 de fevereiro de 2016 no site www.unmaskthecorrupt.org.

A fase seguinte será um debate sobre a forma como punir o corrupto mais votado.

Além do BES e de Isabel dos Santos, da lista em votação integra também a petrolífera brasileira Petrobras, o presidente da Guiné-Equatorial, Teodoro Obiang, a Federação Internacional de Futebol (FIFA) e o político da República Dominicana Félix Bautista.

Os antigos presidente da Tunísia, Ben Ali, do Panamá, Martinelli, do Egipto, Mubarak, e da Ucrânia, Yanukovych, a empresa governamental chinesa de infraestruturas, o estado norte-americano de Delaware, por permitir o registo anónimo de empresas, a fundação da Chechénia Akhmad Kadyrov, a corrupção sistémica nas instituições no Líbano e a junta governamental da Birmânia são outros dos 15 casos "mais simbólicos da grande corrupção".

Para a Transparência Internacional, a grande corrupção "é o abuso do poder de alto nível que beneficia poucos em detrimento de muitos", causando prejuízos graves e, na maioria das vezes, sem punição.

“O seu voto é importante, juntos, podemos fazer entender os governos da urgência em agir e fazer parar esta doença", escreveu o presidente da organização José Ugaz na página da Transparência Internacional ao pedir o voto de todos como fora de lutar contra a corrupção.