Luanda - O objetivo foi traçado pelo vice-presidente do partido, Roberto de Almeida, no I Encontro Nacional de Quadros do MPLA, que arrancou hoje em Luanda, reunindo mais de 1.600 delegados durante dois dias.

Fonte: Lusa

Roberto de Almeida disse que quadros competentes vão contribuir para a resolução dos múltiplos e complexos problemas económicos, sociais e culturais que o país enfrenta, bem como aumentar a capacidade do partido de se relacionar e interagir com o povo.

 

"Na verdade, o trabalho político-partidário exige formação e conhecimento, por forma a ajudar o partido a tomar decisões assertivas e criativas, agregando valor ao seu trabalho", referiu ainda o dirigente do MPLA.

 

Lembrou que o partido sempre reconheceu a importância da formação, salientando que em 1963 foi criada a primeira escola de quadros daquela formação política, para ter militantes aptos e capazes de realizar as tarefas inerentes ao combate contra o colonialismo português pela independência nacional.

 

Roberto de Almeida frisou que mais recentemente foi relançada a Escola Nacional do Partido e o Centro de Formação Política do Partido, com o objetivo estratégico de se proceder à elevação do nível teórico, político-ideológico e cultural dos dirigentes, quadros, formadores e dos militantes.

 

Ainda com o mesmo objetivo, o dirigente disse que o partido, no poder em Angola desde 1975, está igualmente empenhado em reforçar o papel dos Comités de Especialidade, que integram vários setores da sociedade angolana, para que dirigentes e quadros possam através dessa plataforma elaborar a apresentar estudos e reflexões sobre questões relevantes do partido e da sociedade.

 

"Na implementação da política de quadros, o partido deve promover ao nível do aparelho do Estado a igualdade de direitos e obrigações e a equidade de oportunidades a todos os quadros nacionais, independentemente da sua condição política, crença religiosa ou opção ideológica, combatendo todas as formas de discriminação", disse o vice-presidente do partido.

Acrescentou que o MPLA estimula a implementação de um sistema de avaliação periódica de quadros, como instrumento de gestão indispensável à apreciação do desempenho na função exercida.

 

"Quadros que não tenham tido bom desempenho em funções anteriores ou cuja conduta tenha sido danosa ou prejudicado o bom nome do partido, não devem ser nomeados para novas funções", defendeu o político.

 

Roberto de Almeida realçou os "momentos difíceis" por que o país está a passar atualmente, lembrando que, contudo, as despesas e em particular os investimentos no desenvolvimento humano são as prioridades.

 

"Os desafios dos próximos anos são enormes, mas já estamos habituados a lutar e a vencer muitas batalhas. Temos de poupar e gastar menos, de investir melhor e consumir menos", concluiu.