Luanda - Cerca de 11 milhões de ovos apreendidos até Agosto, por terem sido importados ilegalmente, vão ser destruídos em fornos, em Luanda, informou o Ministério da Agricultura.

Fonte: Lusa
A acção será realizada no porto seco do Panguila, nos arredores de Luanda, envolvendo o Instituto de Serviços Veterinários e a participação de técnicos e especialistas do Ministério do Comércio, da Agência Geral Tributária, da Polícia Fiscal e do Serviço de Investigação Criminal.

 

“São ovos que entraram em Angola sem autorização, sem documentos sanitários do país de origem, por isso sem condições de serem consumidos”, explicou Maidi Abolia, chefe do departamento de produção do Instituto de Serviços de Veterinária.

 

A destruição destes ovos será feita em fornos, seguindo depois para um aterro em Viana, também nos arredores de Luanda, procedimento “sem qualquer risco ambiental”, garantiu ainda o responsável. Só em Novembro, Angola produziu mais de 36 milhões de ovos, a que se soma mais quase 70 milhões no total entre Outubro e Setembro, acrescentou Maidi Abolia.

 

Os ovos a destruir entraram em Angola ao longo de várias semanas, mas sem licenciamento dessa importação, pelo Ministério do Comércio, pelo que os importadores também serão “responsabilizados”, afirmou anteriormente o ministro da Agricultura, Pedro Canga.

 

As empresas importadoras que operam em Angola tinham de se candidatar até 15 de Fevereiro a quotas de importação de 27 produtos, nomeadamente de ovos, segundo decisão comunicada pelo Ministério da Comércio.

 

De acordo com um aviso daquele ministério, datado de 29 de Janeiro, o Programa Executivo de Quotas de Importação cancelou o licenciamento regular de importações de vários produtos – além de ovos – como óleo alimentar, farinha de milho, farinha de trigo, sal, arroz e açúcar, mas também cervejas, sumos e águas ou ainda carnes, frango e peixe, entre outros.

 

A 27 de Janeiro que o Governo decretou uma quota máxima de importação de produtos da cesta básica para 2015 que ronda os dois milhões de toneladas.

 

A informação consta de um decreto-executivo conjunto de 23 de Janeiro que fixa para todo o ano de 2015 uma quota geral de importação de 2.045.440 toneladas de produtos da cesta básica, distribuídos por óleo alimentar (334.001 toneladas), farinha de milho (99.001), farinha de trigo (688.000), sal (100.000), arroz (457.000) e açúcar (367.438).

 

Foi fixada uma limitação à importação de ovos, de 156 milhões de unidades em 2015. De acordo com o teor do documento, Angola já garante, entre os produtos identificados na cesta básica, uma produção própria anual superior a 200.900 toneladas, ainda 20.890.000 de hectolitros, 324 milhões de ovos e 944.100 toneladas de hortofrutícolas.