Luanda  -Reset!

Restart!
Recomeçar!
Début...! São sempre as palavras mais mencionadas quando de alguma mudança o nosso ser precisa.

Mais um desafio começa. Os mesmos filmes? A mesma produção? A mesma encenação? Os mesmos protagonistas? Depende tudo ou quase tudo de nós. Assistimos a tantos filmes com heróis e vilões onde os mesmos, segundo a realização cinematográfica, não têm muita opção de escolha entre o ser não ser e sair a ganhar. Às vezes, nos esquecemos que vivemos um filme onde nós mesmos podemos escolher ser heróis ou vilões.

Todos gostamos de coisas novas. O que é novo, é óbvio que é sempre melhor do que o velho. O novo refresca o ânimo, reanima as estruturas emocionais, revitaliza a mente. Quando começa um novo ano, queremos que tudo de bom nos aconteça mas pouco ou quase nada fizemos para que assim seja. Dizemos sempre: “quando se quer, de facto, consegue‐se”. Por várias vezes já cheguei a comparar este argumento como deleite mental para evitar frustrações momentâneas. Acho assim, até certo ponto. Mata o pessimismo e dá uma energia verde por mais abstracta que seja ao optimismo. Mas é sempre melhor partir da vontade para a acção. Deixar de ser vítimas no nosso próprio filme e passarmos a ser autores. Já dizia Augusto Cury, na sua obra “ O Código da Inteligência” : Devemos ser autores do filme da nossa própria vida”.

Isto abrange uma série de situações para que tudo dê certo, mas que nada está fora do nosso alcance, começando pela vontade de viver.

Novo ano, novos desafios começam. Cabe a nós decidirmos já sermos os protagonistas nas acções ou as vítimas; se queremos mais vezes ganhar ou nos deleitarmos no manto “desprazeroso” da derrota; rir mais tempo ou chorar todo o tempo; ficar parado a refilar ou agir para ganhar razão.

As pessoas dizem que todo o ano que começa traz mudanças. Cabe a nós nos actualizarmos ou ficarmos estagnados observando o barco passar. Vive melhor quem traça planos. No início de uma nova temporada dissemos sempre: É agora ou nunca! Estamos determinados. Só ganha quem tenta. Dar sempre o primeiro passo com convicção para que a vontade seja espelhada nas nossas atitudes. Não deixar que qualquer emoção comande o nosso ser, é o caminho mais coerente para uma felicidade controlada, a prior.

Temos o mau hábito, que já vem de séculos em colocar o erro sempre em outrem quando algo de mal acontece nos nossos projectos. Ter a capacidade de admissão do erro é para pessoas inteligentes. “Uma pessoa inteligente aprende com os próprios erros, uma pessoa sábia aprende com os erros dos outros”, já dizia Augusto Cury. Somos capazes de muito mais do que a nossa consciência parece conseguir, só precisamos de acreditar.

O nosso alfabeto tem 24/26 letras mas nos limitamos em traçar apenas os planos A,B ou C e quando estes não dão certo, esmorecemos, entregamos o ouro ao bandido. Que a palavra‐ chave para o sucesso este ano seja: NUNCA DESISTIR. É tempo de treinar a paciência.

Começamos este ano com um desafio económico assustador. Mal terminou o ano e mexeram nas águas paradas. Resultado: Cólera. Cólera tem poderes: Disenterias, náuseas e vómitos, hipertensão, dores abdominais... Enfim!

Não tem volta. Há quem diga que quem mexeu na água, pouco ou nada quer saber do “encolerado”. “Não é da minha conta”, parafraseando o sapo.

Somos imbatíveis. Foram 27 anos de guerra. Não serão os números 160 ou 135 que vão nos derrubar. Foi pior em 1961 e em 1975.

Está na hora de decidirmos: OUTRA VEZ OU AGORA É A MINHA VEZ? Vamos acreditar que somos capazes. Responsabilidade, coerência, transparência e dedicação para mantermos o pão de cada dia sempre no forno. Vigilância, vigilância, vigilância... Agora é que aquele “chefe magala”, entende‐se como chefe de mau carácter, estará mais atento para tomar medidas face as nossas acções.

Bom ano para todos nós e ... REFLICTAMOS!

04 de Janeiro de 2016